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MNE espanhol aponta "cinismo" de Putin. "Guerra de um só homem"

O governo espanhol condenou, esta terça-feira, o "cinismo" do presidente da Rússia em relação à guerra na Ucrânia e disse não haver indícios de que as declarações proferidas hoje por Vladimir Putin sejam mais do que "uma escalada verbal".

MNE espanhol aponta "cinismo" de Putin. "Guerra de um só homem"
Notícias ao Minuto

16:37 - 21/02/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

um discurso que demonstrou cinismo, como tem vindo a demonstrar-se ao longo desta guerra irracional, injusta e injustificada", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Espanha, José Manuel Albares, em Madrid.

Albares sublinhou que nenhum país da União Europeia ou da NATO (aliança de Defesa de países europeus e da América do Norte) "fazem parte desta guerra" ou fizeram alguma coisa para "empurrar" para um conflito que a Ucrânia e os ucranianos também não queriam.

"Esta é uma guerra de um só homem", disse o ministro espanhol, em declarações a jornalistas, num referência a Putin e à guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro do ano passado com uma invasão militar russa.

Vladimir Putin fez hoje um discurso em Moscovo em que acusou o Ocidente de querer impor à Rússia uma "derrota estratégica" na Ucrânia e em que argumentou que a ameaça ocidental justificava a invasão.

Segundo o presidente russo, os países ocidentais são "os culpados da invasão" e Moscovo tem tentado travá-la e feito "todo o possível para solucionar o conflito de forma pacífica", acrescentando que "é impossível derrotar a Rússia no campo de batalha".

Putin anunciou que Moscovo suspende a participação no tratado New START, o último pacto de controlo de armas nucleares que tinha com os Estados Unidos.

Para o MNE espanhol, este discurso foi "mais um passo de obstinação em continuar unilateralmente uma guerra que ninguém quer".

Quanto ao tratado New START, Albares disse acreditar que não se concretize a suspensão da participação russa e afirmou não haver "nenhum indício" de que esteja aqui em causa mais do que "uma escalada verbal".

O ministro acrescentou que, no entanto, "infelizmente, a Rússia tem mostrado que não precisa de nenhuma desculpa" para aumentar a escalda verbal e para continuar com a guerra na Ucrânia, "sem distinguir entre alvos militares e civis e com total desprezo pela integridade territorial, a soberania, a independência e a liberdade da Ucrânia".

No final da reunião de hoje do Conselho de Ministros de Espanha, a ministra porta-voz do Governo, Isabel Rodríguez, leu também um declaração em que reiterou a "solidariedade e a unidade de Espanha e do conjunto da União Europeia com o povo ucraniano" e na condenação da "agressão unilateral, injusta e injustificada" da Rússia à Ucrânia.

O mesmo texto sublinhou que neste conflito está em causa a defesa do "modelo europeu de convivência de direitos e liberdades", ameaçado por Putin.

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