"O Conselho Municipal da Cidade de Maputo deliberou aumentar em três meticais a tarifa de transporte" a partir de 27 de fevereiro, disse o vereador para a área de Mobilidade, Transporte e Trânsito Municipal, Alexandre Muianga, falando em conferência de imprensa.
Muianga avançou que o novo preço de viagem na cidade de Maputo resultou de um consenso com a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários de Moçambique (Fematro) após várias rondas de negociações que vinham tendo lugar desde janeiro.
Aquele responsável assinalou que o aumento está abaixo dos sete meticais (0,10 euros) propostos pela Fematro e teve em conta a difícil situação em que a população se encontra.
Alexandre Muianga declarou que as novas tarifas abrangem apenas os transportadores geridos por operadores privados, enquanto os veículos do município vão manter o custo do bilhete, e assinalou ainda que, com o aumento do preço de viagem na cidade de Maputo, não serão pagos subsídios aos operadores privados, por se mostrarem insustentáveis.
Por seu turno, o presidente da Fematro, Castigo Nhamane, disse na conferência de imprensa que "os transportadores não estão satisfeitos com as novas tarifas, mas compreendem as dificuldades" dos utilizadores, com o aumento do custo de vida.
O preço de transporte público nas cidades moçambicanas é uma constante fonte de tensões, dado que o setor é dominado por operadores privados, mas com preços administrados pelas autoridades.
Com o aumento anunciado em Maputo, vai subir a pressão para que outras cidades agravem também as tarifas.
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