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"Crimes contra a humanidade"? Tentativa dos EUA de "demonizar" Rússia

O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoli Antonov, considerou hoje que as acusações de "crimes contra a humanidade" feitas no sábado pela vice-Presidente dos EUA contra as forças russas na Ucrânia são uma tentativa de "demonizar" o país.

"Crimes contra a humanidade"? Tentativa dos EUA de "demonizar" Rússia

© Lusa

Lusa
19/02/2023 22:57 ‧ há 2 anos por Lusa

"Consideramos essas insinuações como uma tentativa, sem precedentes em termos de cinismo, para demonizar a Rússia no decurso de uma guerra híbrida desencadeada contra nós", declarou Antonov através do canal Telegram da embaixada, em mensagem recolhida pelo portal noticioso Axios.

A administração do Presidente dos EUA, Joe Biden, concluiu formalmente em março de 2022 que as tropas russas tinham cometido crimes de guerra na Ucrânia.

Esta nova acusação vai mais longe, ao considerar que os ataques à população civil estão a ser efetuados "de forma generalizada e sistemática", segundo os princípios do Estatuto de Roma em que assenta o Tribunal Penal Internacional.

No seu discurso na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, a vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, citou vários exemplos, como o bombardeamento a uma maternidade ou do Teatro de Mariupol, onde se encontravam centenas de pessoas.

Para Antonov, a acusação apenas constitui uma desculpa para "justificar os próprios atos dos Estados Unidos para alimentar a crise da Ucrânia".

O embaixador assinalou que os Estados Unidos ignoram que as forças ucranianas "estão a utilizar munições de alcance indiscriminado" e a cometer "outras atrocidades, como execuções contra soldados russos capturados desarmados", enquanto Washington "faz vista grossa".

"O duplo critério de Washington é escandaloso", acusou o embaixador.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A guerra causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Macron não quer ver Rússia "esmagada"? Moscovo lembra Napoleão Bonaparte

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