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África do Sul elogia expulsão de diplomata israelita da cimeira da UA

O Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder na África do Sul, considerou hoje "corajosa" a decisão de expulsar, no sábado, uma diplomata israelita da cimeira da União Africana (UA), que decorre em Adis Abeba.

África do Sul elogia expulsão de diplomata israelita da cimeira da UA
Notícias ao Minuto

12:01 - 19/02/23 por Lusa

Mundo União Africana

Num comunicado hoje divulgado, o ANC comparou Israel a um "Estado de apartheid" e deu um claro apoio à expulsão, argumentando que a decisão visou contrariar uma "tentativa de impedir a cimeira da União Africana (UA) de examinar um relatório sobre a manutenção ou não do estatuto de observador de Israel".

A subdiretora geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel para a África, Sharon Bar-Li, foi escoltada no sábado para fora do complexo onde decorre a cimeira, tendo um vídeo divulgado pela imprensa local mostrado que a delegada israelita passou vários minutos a discutir com os guardas.

A decisão indignou Israel, que considerou a expulsão como "um ato grave", do qual acusou o Irão em cumplicidade com a África do Sul e a Argélia.

Israel tem de "provar as suas acusações", respondeu, no sábado, o porta-voz da Presidência sul-africana.

A questão é delicada dentro da UA: na última cimeira, realizada no ano passado, o bloco de 55 países não conseguiu concluir as discussões sobre a controversa acreditação de Israel como país observador, tendo a Argélia e a África do Sul sido os países que mais se opuseram à situação.

Segundo a porta-voz do presidente da Comissão da UA, Ebba Kalondo, a diplomata israelita expulsa não foi convidada pessoalmente para a cimeira.

Sharon Bar-Li "tinha acreditação válida como observadora", garantiu, no entanto, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, citado pela agência de notícias AFP, lamentando que a UA seja "refém de um pequeno número de Estados extremistas, como a Argélia e a África do Sul, motivados por ódio e controlados pelo Irão".

Israel ganhou o estatuto de observador da UA em 2021, depois de décadas de esforços diplomáticos, o que provocou protestos de vários membros do bloco de 55 países que alegam que isso contradiz o princípio da UA de apoiar os palestinianos.

A Autoridade Palestiniana pediu repetidamente aos líderes africanos que retirem a acreditação de Israel na UA, denunciando um "regime de apartheid" nos territórios palestinianos ocupados desde 1967.

Leia Também: Delegação israelita expulsa da cimeira da União Africana

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