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UE reúne-se com líderes sérvio e kosovar para tentar normalizar relações

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, realiza na segunda-feira. 27 de fevereiro, em Bruxelas uma nova reunião de diálogo de alto nível para tentar normalizar as relações entre a Sérvia e o Kosovo, foi, esta sexta-feira, divulgado.

UE reúne-se com líderes sérvio e kosovar para tentar normalizar relações
Notícias ao Minuto

14:19 - 17/02/23 por Lusa

Mundo União Europeia

O Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) informou que o Presidente sérvio, Alexander Vucic, e o primeiro-ministro kosovar, Albin Kurti, já confirmaram a sua participação.

A mesma fonte precisou que Borrell, com o apoio do representante especial da União Europeia (UE) para o diálogo Belgrado-Pristina, Miroslav Lajcak, realizará reuniões separadas com os líderes da Sérvia e do Kosovo, que serão seguidas de uma reunião conjunta.

O encontro de segunda-feira, dia 27 de fevereiro, deverá centrar-se na mais recente proposta da UE para a normalização das relações entre o Kosovo e a Sérvia, que ainda está a ser trabalhada e deverá conduzir a um acordo juridicamente vinculativo.

Em dezembro passado iniciou-se uma fase de pacificação das relações entre as duas partes, com o fim dos bloqueios de estradas realizados pelos sérvios do Kosovo.

Com estes bloqueios, os sérvios do Kosovo quiseram protestar contra as políticas do Governo central, que consideram discriminatórias para a minoria sérvia no Kosovo, principalmente no norte.

Depois de responsabilizar Pristina pelas tensões crescentes, Belgrado chegou ao ponto de colocar o exército e a polícia em alerta máximo de combate, um nível que inclui a possibilidade de recorrer ao armamento.

Belgrado nunca reconheceu a secessão unilateral do Kosovo em 2008, proclamada na sequência de uma guerra iniciada com uma rebelião armada albanesa em 1997 que provocou 13.000 mortos, na maioria albaneses, e motivou uma intervenção militar da NATO contra a Sérvia em 1999, à revelia da ONU.

Desde então, a região tem registado conflitos esporádicos entre as duas principais comunidades locais, num país com um terço da superfície do Alentejo e cerca de 1,7 milhões de habitantes, na larga maioria (perto de 90%) de etnia albanesa e religião muçulmana.

O Kosovo independente foi reconhecido por cerca de 100 países, incluindo os Estados Unidos, que mantêm forte influência sobre a liderança kosovar, e a maioria dos Estados-membros da UE, à exceção da Espanha, Roménia, Grécia, Eslováquia e Chipre.

A Sérvia continua a considerar o Kosovo como parte integrante do seu território e Belgrado beneficia do apoio da Rússia e da China, que à semelhança de dezenas de outros países (incluindo Índia, Brasil, África do Sul ou Indonésia) também não reconheceram a independência do Kosovo.

[Notícia atualizada às 15h20]

Leia Também: Kosovo celebra 15 anos de independência sem garantir total reconhecimento

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