A justiça holandesa começou a julgar esses suspeitos após a libertação dos Países Baixos, tendo 20% sido condenados por colaborar com os nazis, dos quais 1.900 com penas de prisão de pelo menos 10 anos.
O acesso a estes documentos está limitado por uma lei nacional, que protege a privacidade das pessoas que ainda vivas, pelo que os interessados apenas podem ver os arquivos numa sala de leitura, desde que provem que a pessoa em questão morreu ou deu-lhes permissão para ver esses papéis, sendo proibidas cópias dos documentos.
Mas até 2025, as restrições de acesso vão expirar, assumindo que todos os afetados já estão mortos, e esses documentos do Arquivo Central de Jurisdição Especial estarão disponíveis para consulta digitalmente e pela Internet.
O líder do projeto, Edwin Klijn, em declarações à Efe, admitiu que a publicação dos ficheiros vai ter consequências para os familiares dos colaboradores dos alemães.
Como referiu à televisão pública NOS, "não só devem ser aplicados os quadros técnicos e legais, como é também importante perguntar o que é ético, por isso as famílias também têm sido consultadas".
O projeto foi chamado de "Guerra perante o Juiz" e os arquivos vão ser publicados em warvoorderechter.nl entre 2025 e 2027, estimando-se que sejam digitalizados cerca de 152.000 páginas por semana.
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