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Keiko Fujimori descarta candidatura em eleições antecipadas no Peru

A líder do partido político peruano Força Popular, Keiko Fujimori, filha do antigo Presidente Alberto Fujimori, declarou-se favorável às eleições antecipadas no país, mas descartou uma candidatura sua à Presidência do Peru.

Keiko Fujimori descarta candidatura em eleições antecipadas no Peru
Notícias ao Minuto

15:03 - 13/02/23 por Lusa

Mundo Peru

Durante uma reunião realizada no domingo com apoiantes e líderes do seu partido na região de Piura, no norte do país, Keiko Fujimori -- três vezes candidata a Presidente - afirmou que o Peru merece realizar eleições antecipadas para encontrar uma saída à situação tensa que se vive no país, segundo um vídeo divulgado nas suas redes sociais.

Keiko Fujimori [direita] também afirmou que, mesmo "tendo todas as possibilidades de ser candidata", acredita que deve "esperar".

"Não vou ser mais um fator, ou uma desculpa para os 'vermelhos' [apoiantes dos partidos de esquerda], para que continuem a culpar-me [pela crise política]. Não, senhores", declarou.

Posteriormente, na rede social Twitter, Keiko Fujimori reiterou a sua posição em relação às eleições antecipadas e à participação do Força Popular no sufrágio, no qual, insistiu, não será candidata

O Força Popular foi autora de uma das quatro propostas legislativas de eleições antecipadas rejeitadas pelo Congresso peruano nas últimas semanas.

As eleições antecipadas são uma das principais reivindicações nos protestos antigovernamentais que começaram há dois meses em vários pontos do país e por causa dos quais já morreram cerca de 70 pessoas, de acordo com diversas fontes.

A filha e herdeira política de Alberto Fujimori (1990-2000) sofreu em 2021 a sua terceira derrota consecutiva numa eleição presidencial, vencida pelo ex-Presidente Pedro Castillo (2021-2022), que foi destituído do cargo e preso no ano passado acusado de tentativa de golpe de Estado, provocando a onda de protestos que se vive no país.

Nestas eleições, Fujimori não só viu mais uma vez frustradas as suas ambições presidenciais, mas também a possibilidade de se livrar dos processos judiciais que enfrenta através da imunidade que o cargo de Presidente confere e ainda libertar o pai, que cumpre uma pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade.

Em 2011, perdeu as eleições presidenciais para o militar reformado Ollanta Humala e, em 2016, para o economista Pedro Pablo Kuczynski.

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