Sete militantes e jornalistas iranianas libertadas da prisão

O Irão libertou diversas jornalistas e militantes da prisão de Evine, indicaram 'media' sediados no estrangeiro e que apoiam os manifestantes, com difusão de vídeos das detidas libertadas que entoavam palavras de ordem no exterior da prisão.

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Lusa
09/02/2023 19:03 ‧ 09/02/2023 por Lusa

Mundo

Irão

Os 'media' afirmaram que sete detidas foram libertadas e enquanto prossegue a repressão do movimento que eclodiu no país em setembro.

Saba Kordafshari, detida desde 2019 quando militava contra o uso do véu islâmico (hijab) e a fotógrafa Alieh Motalebzadeh, presa pela última vez em abril passado, incluem-se entre as mulheres libertadas.

Após abandonarem o edifício prisional, entoaram a palavra de ordem do movimento "Mulher, vida, liberdade", e "Abaixo os opressores no mundo", segundo um vídeo difundido por Motalebzadeh na sua conta Twitter.

"Elas desempenharam um papel essencial no movimento pelo direito das mulheres que foram injustamente detidas nos últimos anos", considerou o grupo Front Line Defenders (Defensores de Primeira Linha). "O seu lugar é de facto no coração do movimento".

As restantes detidas que foram libertadas são as militantes Fariba Asadi, Parastoo Moini, Zahra Safaei, Gelareh Abbasi e Sahereh Hossein, algumas com vários anos de prisão.

Esta semana, as autoridades iranianas já tinham libertado Armita Abbasi, 20 anos, julgada em janeiro após ter sido detida em outubro de 2022 durante manifestações na cidade de Karaj, perto de Teerão.

Em novembro, a cadeia televisiva norte-americana CNN, ao citar uma fonte médica anónima, afirmou que Abbasi foi admitida no hospital após ser sido violada sob detenção. As autoridades desmentiram.

Após a sua libertação, agradeceu os apoios que lhe foram dirigidos em mensagem vídeo no Instagram.

Até ao momento, não foi feita qualquer ligação formal entre estas libertações e o anúncio pelo gabinete do líder supremo, ayatollah Ali Khamenei, sobre a decisão de ter indultado um importante número de prisioneiros.

Defensores dos direitos humanos apelaram à prudência, ao recordarem que prosseguem as perseguições e detenções de muitos militantes.

"O hipócrito agraciamento de Khamenei não muda nada", indicou Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor da organização não-governamental Iran Human Rights (IHR) sediada na Noruega, referindo-se a "propaganda".

Milhares de pessoas foram detidas pelo seu alegado envolvimento no movimento de contestação desencadeado pela morte em 16 de setembro de 2022 de Masha Amini, uma curda iraniana de 22 anos, detida por uso incorreto do véu islâmico.

Leia Também: Embaixadores europeus no Irão boicotam aniversário da República Islâmica

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