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Abordagem legislativa do problema do Fentanyl por Biden motiva críticas
O apelo do presidente dos EUA, Joe Biden, durante o seu discurso sobre o Estado da Nação, a penalidades acrescidas em resposta ao aumento de mortes ligadas ao potente opioide fentanyl recebeu algumas objeções por poder piorar o problema.
© Anna Moneymaker/Getty Images
Mundo EUA
As reações exemplificam como a prevenção de mortes relacionadas com estupefacientes evidencia as profundas diferenças políticas, práticas e filosóficas, quando as mortes por consumo destas substâncias ascendem a mais de 100 mil por ano nos EUA.
Depois de introduzir um pai do New Hampshire cuja filha de 20 anos morreu há oito por uma overdose de fentanyl, Biden apresentou uma estatística arrepiante: "O Fentanyl está a matar mais de 70 mil norte-americanos por ano".
Enquanto vários defensores da redução do dano causado pelo opioide apoiam outras medidas do governo de Biden, entendem, por outro lado, que ver a resolução da crise essencialmente como uma questão de aplicação da lei torna as coisas piores.
"Quando se criminalizam coisas, criam-se estigmas em seu torno", disse Maritza Perez Medina, diretora de assuntos federais na Drug Policy Alliance.
Harry Cullen, membro de outro grupo de combate à dependência de estupefacientes, o P.A.I.N., disse que os esforços para controlar a oferta de fentanyl levou à emergência de outras substâncias, ainda mais perigosas, como a Xylazine, que é usada como sedativo pelos veterinários, e nitazenes, outra classe de opioide.
"Reforçar a aposta na criminalização não à via a seguir", disse Cullen.
O que estas vozes sugerem é uma disponibilização crescente de tratamento médica e medidas, para prevenir overdoses fatais.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reconheceu na quarta-feira que o governo de Biden "tem muito trabalho a fazer", mas realçou que já fez mais do que os anteriores.
Mas nem todos foram críticos com Biden. Anne Zink, a médica-chefe do Departamento de Saúde do Alasca e presidente da Associação dos Agente de Saúde do Estado e Território, disse, em comunicado, que acolheu bem os esforços de Biden para prevenir as overdoses, facilitar o acesso a tratamento e atacar o tráfico de fentanyl.
Leia Também: EUA "não estão à procura de conflito" com a China, diz Biden
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