Ex-ministro búlgaro acusado de causar prejuízos à gasífera estatal

Os procuradores búlgaros acusaram, esta quarta-feira, um antigo ministro da Energia do anterior governo de má gestão, que alegadamente causou perdas de 45 milhões de euros à principal empresa búlgara de gás.

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Lusa
08/02/2023 23:55 ‧ 08/02/2023 por Lusa

Mundo

Bulgária

Alexander Nikolov estava em funções quando a russa Gazprom cortou os fornecimentos ao país depois de este, com outros, recusar começar a pagar as entregas na moeda russa, depois da invasão da Ucrânia pela tropa de Moscovo.

O gabinete da Procuradoria de Sofia adiantou, em comunicado, que Nikolov e outros dois dirigentes do setor tinham ameaçado a operação da empresa estatal Bulgargaz relativa ao abastecimento do país em gás.

A Procuradoria acusou-os de má gestão deliberada por causarem prejuízos financeiros à empresa estatal, mas sem fornecer detalhes.

Nikolov, que foi ministro da Energia entre dezembro de 2021 e agosto de 2022, negou qualquer má prática e disse a jornalistas que "as acusações minimizam a decisão da Bulgária de não ceder à extorsão feita pela Gazprom e Federação Russa".

Uma procuradora avançou que o foco da investigação foi o da reação da Bulgária ao novo esquema de pagamento proposto para o contrato de longo prazo com a Gazprom.

Em declarações à comunicação social, Biserka Stoyanova acrescentou que, além de causarem prejuízos à Bulgargaz em abril e maio de 2022, a alegada má gestão "colocou em risco a função da empresa estatal de agir como fornecedor público de gás, especificamente o seu dever de garantir entregas seguras e contínuas".

A Federação Russa deixou de fornecer gás em abril de 2022 depois de o anterior governo de Sofia recusar a exigência da Gazprom em ser paga em rublos.

Esta exigência levou o primeiro-ministro de então, Kiril Petkov, a acusar o regime de Vladimir Putin de usar táticas de "guerra híbrida" para derrubar o seu governo.

A Bulgária, que estava praticamente reduzida ao gás russo, antes da invasão russa da Ucrânia, já conseguiu arranjar fontes alternativas.

Leia Também: Produção de petróleo e gás atinge níveis recorde no Brasil em 2022

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