"Mas eu sou muito pesada...", diz menina ao ser resgatada na Turquia
Menina de cinco anos foi resgatada em Hatay, na Turquia, após 51 horas soterrada.

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Mundo Turquia
Uma menina de cinco anos foi resgatada dos escombros 51 horas depois do sismo que atingiu a Turquia e a Síria.
Os esforços de busca e resgate em Hatay, na Turquia, continuaram pela noite dentro, ao passo que milhares continuam a ser retirados dos destroços.
Segundo o Daily Sabah, as equipas de resgate ouviram som a vir dos detritos e trabalharam durante três horas para chegar ao barulho que vinha de uma menina de cinco anos.
No vídeo, pode ouvir-se as palavras da menina, Serap Ela, ao ser resgatada em braços: “Mas eu sou muito pesada…”. A frase deu azo vários sorrisos por parte da equipa.
A criança, apesar de desorientada, aparentava estar bem fisicamente. Foi imediatamente levada para o hospital.
VIDEO — "I'm very heavy though" said 5 year-old Serap Ela to rescue teams while being pulled out of rubble in Hatay after 51 hours pic.twitter.com/DbRJ6cNteq
— DAILY SABAH (@DailySabah) February 8, 2023
Na Turquia, 6.957 corpos foram retirados dos escombros de acordo com a Afad, organismo de socorro turco que contabiliza pelo menos 37 mil feridos. Segundo as autoridades e médicos sírios, contabilizam-se 2.547 mortos no norte da Síria.
As equipas de resgate mantêm-se nos locais mais afetados pelo sismo de segunda-feira esperando encontrar sobreviventes nos escombros.
A Turquia envolveu mais de 60 mil pessoas em missões de resgate e salvamento, mas como as zonas devastadas são muito afastadas entre si torna-se difícil chegar a todos os pontos afetados.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan esteve na cidade de Pazarcik, epicentro do sismo, e deve deslocar-se hoje à província de Hatay.
Na Síria, a situação é considerada muito grave devido ao isolamento das povoações mais afetadas e numa região muito afetada pela guerra que se prolonga desde 2011.
As regiões sírias atingidas pelo sismo situam-se nos últimos redutos da oposição ao regime de Damasco onde operam grupos armados oposicionistas e membros de grupos extremistas islâmicos.
Na Síria, nas zonas controladas pela oposição encontram-se milhares de civis: refugiados e deslocados internos que vivem em tendas e dependem da ajuda humanitária distribuída pelas organizações não-governamentais.
Segundo, Adelheid Marschang, responsável pela Organização Mundial de Saúde que se encontra no local mais de 23 milhões de pessoas podem vir a necessitar de ajuda de emergência nas zonas afetadas da Turquia e da Síria.
Na Turquia, muitas pessoas estão a dormir em carros ou em abrigos montados pelo Governo.
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