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Elefante morto, pela primeira vez em dez anos, no parque Kruger

Um elefante foi morto por caçadores furtivos no parque Kruger, no norte da África do Sul, o primeiro caso em mais de dez anos, anunciou hoje a SANParks, a agência governamental para os parques sul-africanos.

Elefante morto, pela primeira vez em dez anos, no parque Kruger

© Reuters

Lusa
16/05/2014 13:08 ‧ há 11 anos por Lusa

Uma carcaça em decomposição foi encontrada na quinta-feira na região de Pafuri, no norte do parque, na proximidade da fronteira de Moçambique e do Zimbabué.

Até aqui, os elefantes tinham sido poupados pelos caçadores furtivos no Kruger, que escolhiam caçar os rinocerontes locais.

"As provas sugerem que este elefante macho foi abatido pelas presas (de marfim), que foram arrancadas e levadas pelos alegados caçadores", anunciou em comunicado a SANParks.

De acordo com o porta-voz da SANParks Ike Phaala, o elefante foi abatido numa região remota do parque, provavelmente no início do mês. Os guardas do parque foram levados até à carcaça pela concentração de abutres.

Na África austral vive mais de metade de toda a população de elefantes do continente africano, avaliada em meio milhão de indivíduos.

À exceção de Moçambique e Zimbabué, a região foi, até aqui, bastante poupada pela caça ilegal, que dizima populações no resto do continente, tornando-se mesmo numa fonte e financiamento do terrorismo.

Todos os especialistas consideraram que a região será o próximo alvo dos caçadores furtivos.

Provavelmente, os caçadores "procuravam rinocerontes. Não encontraram e abateram um elefante", disse Phaala à agência noticiosa francesa AFP.

De acordo com os dados publicados na quinta-feira pelo ministério do Ambiente sul-africano, 245 rinocerontes foram abatidos ilegalmente desde janeiro, no Kruger, e 376 em toda a África do Sul.

Estes números traduzem um abrandamento da caça relativamente ao ano passado, em que foram mortos 1.004 rinocerontes, 606 dos quais no parque sul-africano.

No último recenseamento, efetuado em 2012 no Kruger, foram contabilizados 16.700 elefantes, num total de 23 mil em toda a África do Sul.

O país abrigava também quase 20 mil rinocerontes, caçados pelo corno, vendido na Ásia sob a forma de um pó miraculoso, mas as autoridades sul-africanas deixaram de divulgar o número de população existente.

O tráfico de marfim é alimentado por uma forte procura na China e na Tailândia, apesar da moratória sobre a comercialização internacional, que entrou em vigor em 1989.

 

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