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Terramoto. ONU anuncia 23,3 milhões de euros para ajuda humanitária

As Nações Unidas (ONU) anunciaram hoje uma ajuda inicial de 25 milhões de dólares (23,3 milhões de euros) para apoio humanitário às vítimas dos sismos na Turquia e na Síria, que fizeram mais de 6.250 mortos.

Terramoto. ONU anuncia 23,3 milhões de euros para ajuda humanitária
Notícias ao Minuto

18:27 - 07/02/23 por Lusa

Mundo Terramoto

Os fundos são provenientes do Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas, que a organização usa habitualmente para agir de imediato em crises como esta.

"Enquanto as pessoas na região lidam com as consequências devastadoras desta tragédia, queremos dizer-lhes que não estão sozinhas", disse o chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths.

"A comunidade humanitária irá apoiá-los em cada passo para sair desta crise", acrescentou em comunicado.

O número de mortos nos fortes sismos que atingiram na segunda-feira o sudeste da Turquia e a vizinha Síria aumentou para 6.256, indicou hoje um novo balanço provisório divulgado pelas autoridades turcas.

O anterior balanço apontava para mais de cinco mil mortos na Turquia e na Síria.

Só na Turquia, o número de vítimas mortais subiu para 4.544, de acordo com a Proteção Civil turca (AFAD), que anteriormente tinha contabilizado pelo menos 3.500 mortos e 22.000 feridos no país.

Segundo uma estimativa hoje avançada pela Organização Mundial da Saúde, o número de pessoas afetadas pelos sismos pode chegar aos 23 milhões. Também equipas do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estão a apoiar os esforços de resposta de emergência para sobreviventes do terremoto.

"Neste momento, o ACNUR está a fornecer, juntamente com outras agências da ONU, o que as autoridades turcas estão a pedir -- basicamente utensílios de cozinha, colchões, tendas -- para que possamos complementar os esforços de liderança das autoridades turcas para resgatar cidadãos e refugiados turcos da mesma maneira", disse o representante do ACNUR na Turquia, Philippe Leclerc, em conferência de imprensa.

Já o porta-voz do ACNUR, Matthew Saltmarsh, afirmou que, do ponto de vista regional, este é mais um duro golpe para as populações deslocadas da Síria.

"Os refugiados e aqueles que foram deslocados dentro da própria Síria já estão a sofrer com uma crise económica. Estamos no auge do inverno. Temos visto tempestades de neve. (...) Há quase sete milhões de pessoas deslocadas internamente. Há uma enorme necessidade de apoio e assistência humanitária nas partes noroeste e norte da Síria", relatou.

Só na Turquia, mais de 5.600 edifícios foram destruídos, disseram as autoridades. Hospitais foram danificados e um desabou na cidade de Iskenderun, no sul do país.

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que 224 edifícios no noroeste da Síria foram destruídos e pelo menos 325 foram danificados, incluindo armazéns de ajuda alimentar.

O sismo de segunda-feira foi um dos mais fortes em 100 anos, a par do que abalou Erzincan, no leste da Turquia, em 26 de dezembro de 1939, também com magnitude de 7,8. Este terremoto de 1939 deixou mais de 32.000 mortos e provocou um 'tsunami' no Mar Negro, localizado a cerca de 160 quilómetros do epicentro.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, decretou luto nacional de sete dias e, de acordo com o decreto publicado na segunda-feira pelo Governo, as bandeiras serão colocadas a meia haste até ao pôr do sol de domingo.

Leia Também: Terramoto. Novo balanço aponta para mais de seis mil mortos

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