O tremor de terra ocorreu às 04:17 (01:17 em Lisboa) de hoje, a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, próximo da fronteira com a Síria, a uma profundidade de 17,9 quilómetros.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) o sismo registou uma magnitude de 7,8 e sentiram-se novos abalos, um dos quais de 7,6.

Uma delegação de 150 soldados israelitas viajará hoje para ajudar nos esforços de resgate e vai desembarcar na cidade de Adana e atuará em três diferentes pontos do território turco, incluindo a cidade de Gaziantep.

"É uma honra poder ajudar nossos amigos na Turquia", disse hoje o porta-voz do Exército israelita, Richard Hecht.

Do total de membros da delegação, 100 participarão ativamente nas tarefas de resgate, enquanto os restantes 50 farão uma análise da situação e do terreno, acrescentou o Exército.

Logo após este anúncio do Exército, o Presidente de Israel, Isaac Herzog, manteve uma comunicação telefónica com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.

"O Presidente expressou suas condolências em nome do povo israelita ao Presidente Erdogan", disse um porta-voz do gabinete de Herzog, acrescentando que o líder turco estava grato pela delegação de resgate enviada por Israel e disse que "será de grande ajuda para muitas forças que já operam no terreno há várias horas."

Israel enviará também medicamentos, cobertores e tendas para a Síria para ajudar as vítimas do terramoto, segundo informações divulgadas pelo Governo de Telavive.

O Governo sírio pediu hoje ajuda internacional, mas negou ter solicitado a Israel o apoio que Benjamin Netanyahu disse ter aprovado.

Também os Estados Unidos anunciaram hoje que vão enviar equipas de resgate para Turquia.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse à imprensa que os EUA vão enviar para a Turquia duas equipas especializadas de busca e salvamento urbano, com 79 pessoas cada.

Tanto o Pentágono como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) também estão em coordenação com os seus colegas turcos para enviar mais apoio.

Sobre a Síria, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, afirmou que os EUA não estão em contacto direto com Damasco porque "seria bastante irónico, senão mesmo contraproducente, abordar um governo que brutalizou sua população nos últimos doze anos".

O Presidente dos EUA, Joe Biden, lamentou o desastre e ofereceu toda a ajuda necessária, enquanto o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que estão determinados a fazer "todo o possível" para apoiar os afetados "nos próximos dias, semanas e meses".

De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, a ajuda irá além dos esforços de resgate urgente e prevê apoio posterior em questões humanitárias e de reconstrução.

Os esforços de Telavive e Washington juntam-se a muitos outros já anunciados por vários países, tendo a Comissão Europeia ativado o Mecanismo de Proteção Civil. Mais tarde foi revelado que dez equipas de busca e salvamento urbanos disponibilizadas por oito Estados-membros estão já na Turquia a dar assistência.

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