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Sindicatos franceses voltam a sair à rua com reforma das pensões

Os sindicatos franceses voltaram a convocar para esta semana duas jornadas de greve, uma já na terça-feira, quando o projeto governamental de reforma do sistema de pensões está em debate do hemiciclo e começa a sofrer alterações.

Sindicatos franceses voltam a sair à rua com reforma das pensões
Notícias ao Minuto

12:57 - 06/02/23 por Lusa

Mundo França

A luta contra o aumento da idade das reformas e a unificação dos diferentes sistemas de pensões em França vai trazer de novo os sindicatos à rua com novas paralisações nos transportes, especialmente nos comboios de alta velocidade, mas também nos transportes urbanos, especialmente nas grandes cidades, escolas e hospitais. Este será o terceiro dia de greve geral desde o início do ano.

Uma nova greve está já marcada para sábado, 07 de fevereiro, primeiro dia das férias escolares para as crianças que estudam em certas regiões francesas.

Estes dias de mobilização coincidem com a chegada do diploma ao hemiciclo da Assembleia Nacional, após alguns dias na comissão de Assuntos Sociais que não permitiram analisar a esmagadora maioria das mais de 20 mil propostas de alteração apresentadas pelas diversas forças da oposição. 

Os trabalhos vão agora prosseguir no hemiciclo até dia 20 de fevereiro, altura em que os deputados têm uma semana de férias, com a lei a passar para o Senado com o que tiver sido aprovado até aí. A proposta voltará depois para a Assembleia Nacional para a aprovação final com as alterações dos senadores e deverá ser submetida à aprovação final até à meia-noite de 26 de março.

Para ser aprovada nas duas câmaras, sem ter de recorrer a uma aprovação forçada através do artigo 49.3 da Constituição que poderá gerar muitas tensões junto da sociedade francesa, o Governo continua a negociar, já que não detém uma maioria absoluta na Assembleia Nacional.

Apesar da recusa da primeira-ministra, Elisabeth Borne, em alterar a principal medida da reforma do sistema de pensões que consiste no aumento da idade da reforma em França para 64 ou 65 anos - atualmente é de 62 anos -, o executivo começa a introduzir algumas mudanças no diploma, anunciando no fim de semana que para quem começa a trabalhar de forma contínua entre os 20 e 21 anos, a reforma completa poderá ser possível a partir dos 63 anos.

Mesmo com estas mudanças, sondagens apontam que os franceses estão cada vez mais ao lado dos grevistas, julgado que esta reforma do sistema de pensões não é benéfica para o país.

Um estudo de opinião do instituto Ifop para o jornal "Journal du Dimanche" aponta que 69% dos franceses estão contra esta reforma, uma fatia maioritária da população que se multiplica nas diferentes sondagens publicadas por diferentes meios de comunicação.

Leia Também: Clima social em França gera "enorme inquietação" em toda a Europa

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