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Parlamento francês debate reforma das pensões em clima de tensão social

O projeto de reforma do sistema de pensões do presidente francês Emmanuel Macron chega esta segunda-feira à Assembleia Nacional num contexto de tensão social, com dois novos dias de mobilização sindical no horizonte.

Parlamento francês debate reforma das pensões em clima de tensão social
Notícias ao Minuto

12:42 - 05/02/23 por Lusa

Mundo França

O executivo francês deverá procurar nas câmaras a maioria para que o partido de Emmanuel Macron não recorra ao Artigo que permite ao governo fazer passar uma proposta sem a aprovação da Assembleia Nacional, explica a EFE.

Em causa está a proposta do aumento previsto da idade mínima da reforma dos 62 para os 64 anos, para 67 a máxima, ou que obrigue a 43 anos de descontos para receber a reforma sem penalizações, com o argumento de que é a forma mais justa de preservar um sistema condenado a um défice endémico.

Os "macronistas" vão procurar o apoio dos conservadores tradicionais, que são favoráveis à prolongamento do tempo das carreiras, mas cautelosos com o clima de hostilidade à reforma gerado nas últimas semanas.

Embora o ex-presidente Nicolas Sarkozy, ainda muito influente na direita francesa, tenha sido favorável à reforma de Macron, os deputados preferem resguardar-se para que uma eventual negociação que não os dilua.

Um cenário que Mácron não está a conseguir alcançar com os outros dois grandes grupos da Assembleia, a esquerda, que contra-atacou com 20 mil emendas à proposta, e a extrema-direita, que espera capitalizar o descontentamento nas ruas.

Paralelamente ao debate político, Emmanuel Macron continua a enfrentar uma forte contestação social contra a proposta, que restabeleceu a unidade dos principais sindicatos do país -- que havia diminuído nos últimos anos -- e devolveu às ruas de Paris as imagens de grandes manifestações.

Após dois dias de greve geral nas últimas duas semanas, os sindicatos convocaram mais uma para esta terça-feira, à qual se juntará um novo dia de protestos no próximo sábado.

A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, que se tornou o rosto da reforma garante que trabalhar mais é "essencial" para preservar o atual sistema.

Numa entrevista ao semanário Le Journal du Dimanche, divulgada hoje, a governante sinalizou aceitar uma emenda dos conservadores para antecipar para 63 anos a reforma dos trabalhadores que começaram a trabalhar aos 21 anos ou menos.

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