Morreu antigo Presidente do Paquistão Pervez Musharraf

O antigo Presidente do Paquistão Pervez Musharraf (2001-2008) morreu no Dubai, aos 79 anos, na sequência de doença prolongada, anunciou hoje o exército.

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Lusa
05/02/2023 07:20 ‧ 05/02/2023 por Lusa

Mundo

Paquistão

Responsáveis militares "expressam sinceras condolências pela morte do general Pervez Musharraf", de acordo com um breve comunicado do gabinete de imprensa do exército.

"Que Alá abençoe a alma do defunto e dê força à família enlutada", acrescentou.

Musharraf, que foi um dos aliados dos Estados Unidos na sua "guerra contra o terrorismo" após os ataques de 11 de setembro, chegou ao poder na sequência de um golpe de Estado em 1999, permanecendo à frente do Paquistão até 2008.

Admirador de Napoleão e de Richard Nixon, assumiu o cargo de Presidente da República em 2001, o ano dos ataques de 11 de setembro.

Na sequência destes ataques terroristas alinhou o seu país com as posições de Washington, apresentando-se então como um baluarte regional contra a Al-Qaida, cujos líderes, aliados dos talibãs, se refugiaram nas zonas fronteiriça ao Afeganistão.

Musharraf sobreviveu a pelo menos três tentativas de assassínio da Al-Qaida.

Durante os nove anos em que esteve no poder, o Paquistão viu a economia descolar, a classe média a crescer, os meios de comunicação a serem liberalizados e o exército a jogar a sua cartada de apaziguamento com a Índia.

Porém, os seus opositores denunciaram repetidamente a forma como dominava o poder, apontando a demissão "ilegal" de juízes do Supremo Tribunal, a imposição do estado de emergência ou o sangrento ataque, no verão de 2007, a islamitas fortemente armados que se abrigaram na Mesquita Vermelha em Islamabad.

Ex-comando de elite, Pervez Musharraf, que nasceu em Deli, a 11 de agosto de 1943, quatro anos antes da separação do Paquistão, assumia o comando do Estado-maior do exército quando derrubou o Governo civil de Nawas Sharif, em outubro de 1999, num golpe em que não houve derramamento de sangue.

Declarou-se Presidente em junho de 2001, antes de vencer um controverso referendo em abril de 2002, tendo sido último líder militar do Paquistão.

 

Leia Também: Paquistão diz que condições do FMI "vão além da imaginação"

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