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Hamas condena acordo para normalização das relações entre Israel e Sudão

O movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, condenou hoje o acordo anunciado entre Israel e o Sudão para a "normalização" das suas relações, realçando que "vai contra a verdadeira e histórica posição do povo sudanês".

Hamas condena acordo para normalização das relações entre Israel e Sudão
Notícias ao Minuto

23:43 - 03/02/23 por Lusa

Mundo Hamas

O Sudão, governado pelos militares, e Israel, anunciaram esta quinta-feira um acordo para a normalização das suas relações até ao final do ano.

A diplomacia israelita garantiu também que será assinado um tratado de paz "após a transferência do poder para um governo civil no Sudão", país que vive um caos político, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Por sua vez, o Hamas condenou "nos termos mais fortes" o anúncio de quinta-feira, alertando que este vai "contra a verdadeira e histórica posição do povo sudanês, que é contra a normalização com o estado de ocupação israelita e a favor da justa causa palestina", de acordo com um comunicado de imprensa divulgado por este movimento armado palestiniano.

"Pedimos aos dirigentes sudaneses que reconsiderem esta decisão contrária aos interesses do povo irmão do Sudão e que apenas serviria aos projetos de ocupação israelitas", acrescentou o Hamas.

A Jihad Islâmica, outro grupo armado palestino, destacou, através do seu porta-voz, Tariq Salmi, que o anúncio é uma "vergonha para um país árabe da importância do Sudão".

A haver um acordo final, o Sudão será o sexto país árabe a normalizar oficialmente a sua relação com Israel, seguindo o exemplo do Egito, em 1979, da Jordânia, em 1994, e dos Emirados Árabes Unidos, Barein e Marrocos, em 2020.

Em janeiro de 2021, o Sudão tinha divulgado a sua adesão aos chamados Acordos de Abraham, mas ao contrário dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos, também vinculados a este pacto de normalização com Israel, o anúncio não resultou em medidas concretas.

Esses acordos contrariaram a posição árabe de que nenhum entendimento é possível com Israel sem uma resolução justa do conflito israelo-palestiniano.

Já os palestinianos denunciam estes acordos como "traição".

A aproximação a Israel em 2021 por civis e militares, que na altura dividiam o poder no Sudão, romperam com a posição inflexível do ditador Omar al-Bashir, grande inimigo do Estado judeu e há muito próximo do Hamas, deposto em 2019.

Em outubro de 2021, o general Abdel Fattah al-Burhane tomou o poder no Sudão após um golpe.

O general Burhane reuniu-se esta quinta-feira com o chefe da diplomacia israelita, Eli Cohen, em Cartum, uma "viagem política histórica" segundo destacou a diplomacia israelita.

Leia Também: Hamás acusa Israel de "campanha de repressão" contra presos palestinianos

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