O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta sexta-feira, que as tropas ucranianas irão continuar a lutar pela “fortaleza” de Bakhmut, na região de Donetsk. A batalha pela cidade no leste da Ucrânia tem sido das mais sangrentas desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.
“Ninguém vai ceder Bakhmut. Lutaremos durante o máximo de tempo possível. Consideramos Bakhmut a nossa fortaleza”, afirmou o presidente ucraniano numa conferência de imprensa, no âmbito da cimeira UE-Ucrânia, em Kyiv.
Na conferência, o líder ucraniano instou os aliados a fornecer mais armamento para combater as tropas russas, defendendo que “a Ucrânia seria capaz de manter Bakhmut e libertar o Donbass se recebesse armas de longo alcance”.
O controlo russo desta cidade abrirá o caminho do exército da Rússia em direção a Kramatorsk e Sloviansk, os principais bastiões ucranianos no leste do país.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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