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Pelo menos dois mortos após disparos contra viaturas em Cabo Delgado

Um grupo armado matou pelo menos duas pessoas e feriu outras, na quarta-feira, num ataque contra viaturas numa das principais estradas de Cabo Delgado, norte de Moçambique, disseram hoje fontes locais.

Pelo menos dois mortos após disparos contra viaturas em Cabo Delgado
Notícias ao Minuto

18:24 - 02/02/23 por Lusa

Mundo Moçambique

"Os terroristas atacaram três viaturas" incluindo um veículo ligeiro de passageiros (conhecidos como 'chapa'), disse uma testemunha que chegou ao local depois do ataque, na Estrada Nacional 380, uma das raras vias asfaltadas da região.

As vítimas mortais foram um técnico da saúde que seguia no 'chapa', sepultado na comunidade de Lyukwé, terra natal, e o condutor de um carro particular, acrescentou.

Segundo a mesma fonte, o número de mortos pode ser superior, atendendo ao estado das vítimas, transferidas para os hospitais de Pemba e Macomia.

"O ataque aconteceu perto de uma ponte que não está em boas condições e onde os carros são obrigados a reduzir a velocidade", acrescentou o familiar de um dos passageiros, com o qual contactou.

Dali até Pemba, capital provincial, é uma viagem de duas horas e meia ao longo de 160 quilómetros.

As viaturas foram travadas no troço da EN380 entre Nangololo e a aldeia 19 de Outubro, junto ao cruzamento que dá acesso à vila e sede de distrito de Quissanga.

Uma outra fonte relatou que as forças de defesa e segurança prestaram socorro às vítimas, mas, quando chegaram, o grupo armado já tinha fugido.

Os agressores terão ainda roubado vários bens e ferido sete pessoas, segundo o portal Zitamar.

O ataque a viaturas na Estrada Nacional 380 acontece numa altura em que as forças moçambicanas lançaram a operação Vulcão IV, que cobre uma parte dos distritos de Macomia e Muidumbe, visando eliminar esconderijos dos rebeldes.

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Leia Também: PAM suspende ajuda a mais de um milhão de pessoas em Moçambique

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