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Ucrânia. Escudo antimíssil franco-italiano operacional em 7 a 8 semanas

O escudo antimíssil que Itália e França vão fornecer à Ucrânia deverá estar operacional no país dentro de sete a oito semanas, anunciou hoje o chefe da diplomacia italiana, António Tajani.

Ucrânia. Escudo antimíssil franco-italiano operacional em 7 a 8 semanas
Notícias ao Minuto

18:09 - 02/02/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

O sistema destina-se a proteger a capital ucraniana, Kiev, e outras zonas estratégicas dos bombardeamentos russos, disse Tajani à televisão italiana RAI.

"Acredito que estará operacional em território ucraniano dentro de algumas semanas, 7-8 semanas", afirmou Tajani, citado pela agência italiana ANSA.

Trata-se do sistema antimíssil SAMP/T, desenvolvido pela Eurosam, um consórcio franco-italiano em que participa a Thales, um grupo francês que atua na área da defesa e segurança.

O SAMP/T "é a pedra angular das contribuições da Itália e da França para a capacidade de defesa tática balística da Aliança do Atlântico Norte contra mísseis", segundo o 'site' da Thales.

O sistema foi concebido "para proteger o campo de batalha e locais táticos sensíveis (tais como aeroportos e portos marítimos) contra todas as ameaças aéreas atuais e futuras, incluindo mísseis de cruzeiro, aviões tripulados e não tripulados e mísseis balísticos táticos na classe de alcance de 600 quilómetros", de acordo com a mesma fonte.

Operacional desde 2011, o sistema dispara mísseis de um veículo com um alcance de até 120 quilómetros.

A Ucrânia tem solicitado armamento aos seus aliados ocidentais, incluindo sistemas de defesa aérea para tentar intercetar mísseis e 'drones' (aparelhos não tripulados) com que a Rússia tem destruído muitas infraestruturas vitais do país.

As armas enviadas para a Ucrânia, a par das abandonadas pelas forças russas, têm permitido às tropas ucranianas defender-se dos ataques e lançar contraofensivas que obrigaram a recuos dos invasores russos.

A Rússia tem advertido que vê os fornecimentos de armamento à Ucrânia pelos aliados ocidentais de Kiev como uma escalada no conflito.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a guerra contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

A ofensiva russa mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança no continente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Na mesma entrevista à RAI, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano manifestou-se esperançado na realização de conversações de paz.

"Espero que as conversações de paz cheguem até ao final de 2023", disse Tajani.

Admitiu que "o risco de uma escalada e de agravamento da situação militar" na guerra contra a Ucrânia "não devem ser subestimados".

"Mas devemos fazer tudo para que a porta do diálogo não seja fechada e devemos apoiar todos aqueles que desempenham um papel para que Putin e [o Presidente ucraniano, Volodymyr] Zelensky se sentem à mesa", com a Turquia e o Vaticano, acrescentou.

A Turquia e o Vaticano têm manifestado vontade de mediar conversações entre as duas partes.

O Governo turco conseguiu mesmo, no ano passado, juntar os chefes da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e da Rússia, Serguei Lavrov, mas sem qualquer acordo.

A Turquia, que apoia a Ucrânia no conflito, conseguiu também juntar as duas partes e a ONU para desbloquear a exportação de milhões de toneladas de cereais que estavam retidos pela guerra em portos ucranianos.

Com o acordo dos cereais, cujo prazo termina este mês, a ONU disse que se tem conseguido evitar uma situação de carência alimentar global.

Os chamados acordos de Istambul, onde foram assinados em julho, contemplam também a exportação de fertilizantes russos que estava suspensa devido às sanções impostas a Moscovo após a invasão da Ucrânia.

Leia Também: AO MINUTO: Futuro da UE "escrito na Ucrânia"; Não há "varinha mágica"

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