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Quénia. Detidos 7 professores por obrigarem alunos a simular atos sexuais

Seis professores foram hoje detidos e suspensos de funções no Quénia, depois de se tornar viral um vídeo de alunos de uma escola primária a serem obrigados a simular cenas de sexo como castigo.

Quénia. Detidos 7 professores por obrigarem alunos a simular atos sexuais
Notícias ao Minuto

16:13 - 02/02/23 por Lusa

Mundo Quénia

No vídeo de 29 segundos que se espalhou rapidamente, quatro rapazes de uniforme escolar simulam atos sexuais debaixo de uma árvore no pátio da escola, enquanto os professores assistem, noticia hoje a agência France-Presse.

Num plano mais distante do vídeo, os seis professores podem ser ouvidos a conversar e a rir, enquanto uma criança de tronco nu enxuga as lágrimas do seu rosto.

A polícia disse que o vídeo "expondo os alunos a atos indecentes" foi gravado em Nyamache, uma aldeia a cerca de 300 quilómetros a oeste da capital, Nairobi.

Seis professores, cinco mulheres e um homem, foram presos e estão "a ajudar na investigação", disse a polícia num relatório, e serão processados com base em acusações apropriadas.

A Comissão do Serviço dos Professores (TSC) suspendeu os seis profissionais, dizendo que o vídeo tinha infligido nos seis estudantes "vergonha, trauma e tortura mental e psicológica".

Numa carta enviada aos professores, a responsável da TSC, Evaleen Mitei, escreveu que o grupo "ordenou e/ou coagiu os alunos a praticarem atos indecentes e inapropriados que retratassem a homossexualidade dentro da escola".

Os professores têm três semanas para apresentar a sua defesa por escrito contra a sua suspensão, acrescentou na carta citada pela agência noticiosa.

O ministro da Educação, Ezekiel Machogu disse que seriam instaurados processos disciplinares contra os professores e que seriam despedidos se fossem considerados culpados.

Ao abrigo da Lei de Crimes Sexuais do Quénia, uma pessoa condenada por forçar outra a praticar um ato indecente arrisca pena de prisão de pelo menos cinco anos.

Além deste incidente, as condições das crianças em idade escolar no Quénia são regularmente objeto de aceso debate, quer sobre a adequação dos castigos corporais, oficialmente proibidos por lei em 2001, quer, mais recentemente, sobre a duração do dia escolar.

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