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Ucrânia. Itália espera conversações de paz até ao fim do ano

O chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani, manifestou-se hoje esperançado na realização de conversações de paz sobre a guerra contra a Ucrânia até ao final do ano, embora sem subestimar o risco de uma escalada.

Ucrânia. Itália espera conversações de paz até ao fim do ano
Notícias ao Minuto

15:44 - 02/02/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Espero que as conversações de paz cheguem até ao final de 2023", disse Tajani à emissora estatal RAI, citado pela agência italiana ANSA.

Tajani admitiu que "o risco de uma escalada e de agravamento da situação militar" na guerra que a Rússia tem em curso contra a Ucrânia "não devem ser subestimados".

"Mas devemos fazer tudo para que a porta do diálogo não seja fechada e devemos apoiar todos aqueles que desempenham um papel para que [Vladimir] Putin e [Volodymyr] Zelensky se sentem à mesa", como a Turquia e o Vaticano, disse, referindo-se aos líderes da Rússia e da Ucrânia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália considerou que a criação de uma zona livre em torno da central nuclear de Zaporijia "pode ser um primeiro passo" para conversações entre as duas partes.

Tajani disse ainda que a Itália não enviará tanques para a Ucrânia, depois de os Estados Unidos terem anunciado o fornecimento de tanques Abrams e a Alemanha os seus Leopard.

Zaporijia, onde se situa a maior central nuclear da Europa, é uma das quatro regiões que a Rússia anexou em 30 de setembro do ano passado, juntamente com Donetsk, Lugansk e Kherson, depois de ter incorporado a Crimeia em 2014.

A saída das tropas russas da Ucrânia, incluindo das cinco regiões anexadas,é uma das pré-condições anunciadas por Kiev para participar em eventuais conversações de paz.

Moscovo rejeitou esta exigência, contrapondo que Kiev tem de aceitar a nova realidade.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem as anexações russas de território da Ucrânia.

Putin ordenou a guerra contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

A ofensiva russa mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança no continente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Ucrânia tem recebido armamento dos seus aliados ocidentais para combater as tropas russas, com Moscovo a advertir que vê tal apoio como uma escalada no conflito.

Na sequência da guerra, a União Europeia (UE) atribuiu à Ucrânia, em junho, o estatuto de país candidato à adesão, uma medida também criticada por Moscovo, que se opõe à integração europeia das antigas repúblicas soviéticas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chegou hoje a Kiev à frente de uma delegação de 15 comissários europeus para conversações com as autoridades ucranianas.

Von der Leyen e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, vão representar os líderes dos 27 na 24.ª cimeira UE-Ucrânia, que se realiza na sexta-feira, em Kiev.

A adesão da Ucrânia à UE recebeu hoje um novo apoio do Parlamento Europeu, que exortou à concretização da integração do país no bloco.

A deliberação nesse sentido foi aprovada com 489 votos a favor, 36 contra e 49 abstenções.

Também hoje, o Conselho da UE aprovou o sétimo pacote de assistência militar à Ucrânia, no valor de 500 milhões de euros, e uma verba de 45 milhões de euros para financiar a Missão de Assistência Militar a Kiev.

Este pacote eleva o contributo da UE para 3,6 mil milhões de euros.

Leia Também: AO MINUTO: UE prepara 10.º pacote de sanções; 600 russos mortos ontem

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