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EUA mostram "preocupação" após Sudão libertar homicida de norte-americano

Os Estados Unidos manifestaram a sua "grande preocupação" com a decisão das autoridades sudanesas de libertarem um homem condenado pelo assassínio, em 2008, de um funcionário norte-americano da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

EUA mostram "preocupação" após Sudão libertar homicida de norte-americano
Notícias ao Minuto

12:21 - 02/02/23 por Lusa

Mundo EUA

De acordo com o portal de notícias sudanês Sudan Tribune, o condenado, Abdelrauf abu Zaid, foi libertado na segunda-feira após quase 15 anos de prisão. O homem foi condenado à morte juntamente com outros três pelo assassínio de John Granville e foi libertado após um acordo com a família, a quem o Estado sudanês terá pagado uma indemnização.

No entanto, o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, disse que Washington "procura clareza sobre a libertação" e apontou para a "falta de transparência no processo legal que levou à sua libertação".

"O condenado por homicídio foi designado como terrorista global pelos EUA em 2013", disse Patel, numa conferência de imprensa na quarta-feira. "Este é um assunto que o pessoal da nossa embaixada [no Sudão] está a abordar e a acompanhar de muito perto", referiu.

Abu Zaid entrou em greve de fome há algumas semanas para denunciar as condições na prisão, alegou que tinha sofrido "tortura" às mãos dos guardas prisionais e alertou para a deterioração do seu estado de saúde. Granville foi morto juntamente com um cidadão sudanês que trabalhava como seu motorista.

O advogado de Abu Zaid adiantou que a libertação estava em conformidade com um acordo de 2020, nos termos do qual Cartum concordou em pagar uma indemnização a Washington, o que as autoridades norte-americanas não confirmaram.

Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado (equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros), disse que era "impreciso" que os EUA concordassem com a libertação como parte do acordo de 2020, que levou a que o Sudão fosse retirado da lista de patrocinadores estatais do terrorismo.

Washington tinha colocado o país na lista negra em 1993 por ter protegido o fundador da Al-Qaida, Osama bin Laden, até 1996.

As relações só aqueceram sob o governo de Abdallah Hamdok, o rosto da transição democrática que foi afastado por um golpe de Estado em outubro de 2021.

Para sair da lista negra, o seu executivo concordou em pagar 335 milhões de dólares (cerca de 305 milhões de euros) às famílias das vítimas dos ataques da Al-Qaida de 1998 às embaixadas dos EUA no Quénia e na Tanzânia (mais de 200 mortos), o ataque de 2000 ao navio de guerra USS Cole no Iémen e o assassinato de Granville.

Leia Também: EUA apelam aos ex-grupos rebeldes sudaneses a aderirem a plano de saída

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