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Kyiv pede aos EUA mísseis de longo alcance para atacar retaguarda russa

A Ucrânia está a negociar com os Estados Unidos a entrega de mísseis de longo alcance para atingir a retaguarda russa e comprometer a anunciada ofensiva militar da Rússia, anunciou um responsável da presidência ucraniana.

Kyiv pede aos EUA mísseis de longo alcance para atacar retaguarda russa
Notícias ao Minuto

20:09 - 01/02/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Cada fase da guerra requer um certo tipo de armas. Já existe uma coligação de tanques. Já existem conversações sobre mísseis de longo alcance e o envio de aviões de combate", assegurou no Twitter Mikhaylo Podolyak, assessor presidencial ucraniano, e quando Moscovo acusa a NATO de procurar a sua derrota estratégica com o novo armamento para Kiev.

Após o compromisso ocidental de enviar mais de 100 tanques e carros de combate, a liderança ucraniana pediu agora mísseis até 300 quilómetros de alcance, e que poderão também atingir território da anexada península da Crimeia.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, vai abordar em breve com o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky o envio de novas armas, apesar de ter recusado por enquanto o fornecimento de caças F-16.

No entanto, e segundo diversos 'media' internacionais, Washington prepara-se para anunciar mais um pacote de 2,2 mil milhões de dólares (cerca de dois mil milhões de euros) de apoio militar a Kyiv.

Os ucranianos poderão receber mísseis com 150 quilómetros de alcance (GLSDB), para além de equipamentos para os sistemas antiaéreos Patriot, munições de alta precisão e mísseis antitanque Javelin.

No entanto, a Ucrânia não será munida de ATACMS, mísseis que podem atingir objetivos a quase 300 quilómetros de distância. Michael FcFaul, antigo embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, pediu ao Congresso para reverter esta decisão e autorizar o envio deste armamento para destruir os 'drones' iranianos instalados na Crimeia.

Neste sentido, os serviços secretos militares ucranianos garantem que os arsenais do Exército russo se encontram agora a apenas entre 80 e 120 quilómetros das posições de Kiev.

"Para lançar um ataque contra eles, a Ucrânia necessita de artilharia de longo alcance", disse ao canal norte-americano CNN o porta-voz da 'secreta' ucraniana, Vadim Skibitski.

Também sublinhou que estes mísseis, para além de tanques e blindados, são fundamentais para que Kiev possa desencadear uma "rápida contraofensiva" antes que as tropas russas concluam as suas fortificações defensivas.

Em Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, e numa referência ao envio de novos armamentos para Kiev, considerou que "irá exigir esforços adicionais, já que a operação militar especial vai continuar", e denunciou que "toda a infraestrutura militar da NATO trabalha contra a Rússia", incluindo os seus aviões de reconhecimento e satélites.

"Evidentemente que verificamos um aumento dos volumes e qualidade do armamento fornecido ao regime fantoche de Kiev, e que inclui armamento ofensivo. A NATO aumenta a parada, já que mantém a esperança de uma derrota estratégica da Rússia. Mas não conseguirá", garantiu Serguei Narishkin, chefe dos serviços de espionagem externos.

Narishkin prognosticou que "os Estados Unidos e seus aliados estão totalmente decididos a promover uma guerra com a Rússia até ao último ucraniano".

Em paralelo, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse hoje que o fornecimento de um sofisticado sistema de radar para defesa aérea que a França vai disponibilizar poderá identificar atempadamente os mísseis e 'drones' dirigidos contra a capital ucraniana e arredores.

Numa cerimónia para o fornecimento deste equipamento, Reznikov descreveu este equipamento como uma melhoria "muito efetiva" para a rede ucraniana que inclui cerca de 300 diversos tipos de radares de defesa aérea.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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