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Paris vai fornecer mais 12 canhões Caesar a Kyiv

A França vai fornecer à Ucrânia mais 12 canhões Caesar de 155 mm, para além das 18 peças já entregues, anunciou hoje o ministro francês da Defesa, Sébastien Lecornu, durante uma conferência de imprensa com o homólogo ucraniano Oleksii Reznikov.

Paris vai fornecer mais 12 canhões Caesar a Kyiv
Notícias ao Minuto

16:19 - 31/01/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

Estes 12 canhões de alcance médio serão entregues "nas próximas semanas e "financiados no âmbito do fundo de apoio de 200 milhões de euros" impulsionado pela França, precisou Lecornu.

Para além dos anteriores 18 canhões Caesar já disponibilizados por Paris, com um fora de uso, a Dinamarca prometeu a Kiev em meados de janeiro o envio de 19 destas peças.

Copenhaga encomendou estas peças de artilharia ao grupo francês Nexter entre 2017 e 2019. Mas as entregas atrasaram-se e até ao momento apenas foram enviados alguns exemplares.

"Estamos agora perante um grupo [de Caesar] nada negligenciável", comentou o ministro gaulês.

A França também prometeu entregar à Ucrânia um radar Ground Master 200 (GM200) produzido pela francesa Thales. Este radar de médio alcance permite detetar uma aeronave inimiga a 250 quilómetros e segui-la a uma distância de 100 quilómetros, mesmo que voe a baixa velocidade e altitude como os 'drones', ou a alta atitude como os aviões de combate.

Assegura ainda uma proteção face aos foguetes e disparos de artilharia ao alertar as tropas no solo de disparos inimigos, assegura o fabricante que já vendeu mais de 60 exemplares no mundo, indica a agência noticiosa AFP. Por ser transportado por camião.

Lecornu sublinhou ainda que Paris "iniciou discussões com os nossos aliados para permitir um fornecimento suficiente" à Ucrânia de mísseis franceses terra-ar Crotale.

"Este material ajuda-nos a aproximar-nos do dia da nossa vitória. Os Crotale destroem 100% dos alvos e é muito importante fechar o céu ucraniano", comentou o ministro da Defesa ucraniano.

Por fim, o ministro francês anunciou o envio de 150 militares franceses para a Polónia, numa missão de formação de militares ucranianos.

No capítulo dos aviões de combate, exigidos por Kiev aos aliados ocidentais, o ministro ucraniano não emitiu um pedido preciso à França.

"Estou otimista" quanto à obtenção a prazo de aviões de combate ocidentais e "espero que seja o mais cedo possível", concluiu, e quando o Presidente dos EUA Joe Biden recusou na segunda-feira o envio de F-16 norte-americanos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: AO MINUTO: HRW pede investigação a Kyiv; Rússia alega tomada em Bakhmut

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