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Violência na pornografia? Acha "normal" estrangular menina no 1.º beijo
Após os resultados de um inquérito a mil jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 21 anos em Inglaterra, a comissária de educação infantil britânica disse estar "profundamente preocupada com a normalização da violência sexual na pornografia online".
© iStock
Mundo Inglaterra
A comissária de educação infantil britânica, Rachel de Souza, disse, esta terça-feira, estar "profundamente preocupada" com a "normalização da violência sexual na pornografia" e com o impacto na compreensão que as crianças têm das relações sexuais.
Segundo a comissária, citada pela Sky News esta terça-feira, recentemente uma rapariga denunciou um rapaz de 12 anos que a estrangulou durante o primeiro beijo após tê-lo visto em pornografia e ter "pensado que era normal".
Após os resultados de um inquérito a mil jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 21 anos em Inglaterra, Rachel de Souza disse estar "profundamente preocupada com a normalização da violência sexual na pornografia online" e como esta tem impacto na compreensão das crianças sobre relações sexuais. Segundo as conclusões, uma em cada dez crianças já viu pornografia aos nove anos.
Rachel de Souza destacou que o consumo de pornografia é "generalizado" entre as crianças e que isso traz efeitos nocivos, incluindo a crença entre muitos jovens de que as raparigas "esperam" agressões físicas durante relações sexuais.
"As representações de coerção e agressão sexual são comuns" na pornografia online, sublinhou a comissária, destacando ainda que "a Lei de Segurança Online deve passar pelo parlamento como uma 'prioridade urgente'".
As conclusões do inquérito denotaram que a maioria dos jovens adultos (79%) com idades compreendidas entre os 18 e os 21 anos tinha visto pornografia envolvendo violência sexual até aos 18 anos de idade; muitos jovens assumem que as raparigas esperam ou gostam de sexo envolvendo agressões físicas, tais como restrição das vias respiratórias; quase metade (47%) dos inquiridos com idades compreendidas entre os 18 e os 21 anos disseram ter sofrido um ato sexual violento; mais de um terço dos jovens adultos referiram ter procurado pornografia violenta envolvendo pelo menos um ato de violência sexual.
O relatório também sugeriu que a rede social Twitter é a plataforma onde a maior percentagem de crianças tinha visto pornografia (41%), seguido por sites dedicados à pornografia (37%) e depois o Instagram (33%).
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