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António Guterres condena ataque "abominável" a mesquita no Paquistão

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou hoje o atentado suicida que matou mais de 60 pessoas no Paquistão, considerando "particularmente abominável que tenha ocorrido num local de culto".

António Guterres condena ataque "abominável" a mesquita no Paquistão
Notícias ao Minuto

20:18 - 30/01/23 por Lusa

Mundo António Guterres

"O secretário-geral condena veementemente o atentado suicida numa mesquita em Peshawar, Paquistão, hoje. (...) A liberdade de religião ou crença, incluindo a capacidade de praticar o culto em paz e segurança, é um direito humano universal", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.

O ex-primeiro-ministro português estendeu ainda as "suas sinceras condolências às famílias das vítimas" e desejou "uma pronta recuperação aos feridos".

"O secretário-geral reitera a solidariedade das Nações Unidas com o Governo e o povo do Paquistão nos seus esforços para enfrentar o terrorismo e o extremismo violento", concluiu.

O atentado hoje perpetrado em Peshawar fez pelo menos 61 mortos, segundo o mais recente balanço hospitalar.

"Até agora, recuperámos 61 cadáveres, e 60 feridos estão a receber cuidados médicos. Dezenas de outras pessoas feridas foram transportadas para outros hospitais da cidade", declarou Muhammad Assim Khan, porta-voz do hospital Lady Reading, em Peshawar, no noroeste do Paquistão.

De acordo com as autoridades paquistanesas, o atentado -- perpetrado por um bombista-suicida e já reivindicado pelos talibãs paquistaneses -- vitimou na maioria polícias porque o lugar religioso se situa num complexo urbano onde também funciona o quartel-general da polícia da cidade.

Sarbakaf Mohmand, comandante do grupo de talibãs paquistaneses, assumiu a responsabilidade pelo ataque, através de uma mensagem na rede social Twitter.

As equipas de resgate continuam a remover montes de destroços do terreno da mesquita, procurando auxiliar os fiéis ainda retidos sob os escombros.

Em comunicado, o primeiro-ministro do Paquistão, Shahbaz Sharif, condenou o atentado e ordenou às autoridades que garantam o melhor tratamento médico possível às vítimas, prometendo "ação severa" contra os responsáveis pelo ataque.

O ex-primeiro-ministro Imran Khan também condenou o atentado, classificando-o como "ataque terrorista suicida".

"É imperativo melhorar a forma como coligimos informações e equipar adequadamente as nossas forças policiais para combater a crescente ameaça do terrorismo", defendeu Khan.

Peshawar tem sido palco de frequentes ataques de milícias terroristas.

Os talibãs do Paquistão, conhecidos como Tehreek-e-Taliban Pakistan ou pela sigla TTP, são um grupo distinto dos talibãs que controlam atualmente o Afeganistão.

O TTP está ativo no Paquistão há mais de 15 anos.

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