"Pedimos a todas as partes que tomem medidas urgentes para um regresso à calma e à desescalada", disse o chefe da diplomacia norte-americana, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acrescentando que deseja "restaurar a sensação de segurança para israelitas e palestinianos".
Durante a conferência de imprensa em Jerusalém, Blinken também abordou a questão do Irão, inimigo do Estado judaico, salientando a posição dos Estados Unidos sobre o conflito entre os dois países.
"Concordamos que o Irão nunca deve ter permissão para adquirir armas nucleares", garantiu Blinken, reiterando uma promessa feita pelo Presidente Joe Biden.
"Assim como o Irão há muito apoia terroristas que atacam israelitas, o regime (iraniano) agora está a fornecer 'drones' que a Rússia usa para matar civis ucranianos inocentes", acusou o chefe da diplomacia norte-americana, denunciando que, em troca, a "Rússia fornece armas sofisticadas ao Irão".
Blinken também abordou a necessidade de manter a cooperação com Israel para lidar com o Irão e pediu o aprofundamento e ampliação dos laços de Israel com os países árabes da região, após a normalização das relações com Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos.
"Esses esforços não substituem o progresso entre israelitas e palestinianos", esclareceu Blinken, que pediu "medidas para melhorar a vida quotidiana dos palestinianos na Cisjordânia e em Gaza".
A visita, segunda etapa de uma digressão pelo Médio Oriente que começou no Egito no domingo, foi planeada há muito tempo, mas ganhou um novo significado perante a espiral de violência entre israelitas e palestinianos nos últimos dias.
Após o encontro com Netanyahu, que lidera o Governo conservador de Israel, Blinken deve encontrar o seu homólogo israelita, Eli Cohen, hoje à noite, bem como com o Presidente, Isaac Herzog.
Na terça-feira, Bliken vai encontrar-se com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.
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