Meteorologia

  • 28 MARçO 2024
Tempo
15º
MIN 11º MÁX 17º

Israel e Palestina. Pedida proteção de crianças pelo aumento da violência

A Unicef admitiu hoje estar alarmada com a recente escalada de violência entre Israel e os palestinianos, que provocou a morte de pelo menos oito crianças e deixou muitas mais feridas.

Israel e Palestina. Pedida proteção de crianças pelo aumento da violência
Notícias ao Minuto

17:44 - 30/01/23 por Lusa

Mundo UNICEF

"Desde o início de 2023, sete crianças palestinianas e uma criança israelita já morreram" e "muitas mais ficaram feridas ou foram afetadas pela espiral de violência", avançou a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) num comunicado hoje divulgado.

"As crianças continuam a pagar o preço mais alto pela violência", lamentou a agência da ONU, referindo que "todas as crianças têm direito a proteção especial ao abrigo do Direito Internacional dos Direitos Humanos e todos os seus direitos, incluindo o direito à vida e à proteção, devem ser defendidos em todos os momentos".

Novos episódios de violência registados este mês têm agravado o clima de tensão entre israelitas e palestinianos, depois de a Assembleia-Geral das Nações Unidas ter aprovado em dezembro uma resolução que proponha sanções contra Israel como resposta à ocupação israelita de territórios palestinianos.

A resolução, promovida pelo Governo palestiniano, foi aprovada em 30 de dezembro com 87 votos a favor, 26 contra e 53 abstenções e solicitava à máxima instância judicial das Nações Unidas - Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) - que se pronunciasse sobre o conflito israelo-palestiniano, com base no direito internacional e na Carta da ONU.

Em reação, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou a resolução.

"Como aconteceu com as centenas de resoluções deturpadas da Assembleia-Geral da ONU contra Israel ao longo dos anos, a vergonhosa resolução de hoje não vincula o Governo de Israel", afirmou então Netanyahu, regressado ao poder com o executivo mais à direita de sempre. A par do seu partido (Likud), o Governo israelita é composto por partidos religiosos ultraortodoxos e da extrema-direita.

Na semana passada, as forças israelitas mataram nove palestinianos num campo de refugiados de Jenin, onde entraram para prender um esquadrão armado do grupo 'Jihad Islâmica' que, segundo fontes militares, atacou a tiro alvos israelitas e planeava novas ações.

A Autoridade Nacional Palestiniana descreveu a operação como um "massacre" e decretou três dias de luto, ao mesmo tempo que diversos serviços na Cisjordânia entraram em greve.

No dia seguinte, uma sinagoga do bairro de Neve Yaakov, em Jerusalém, foi alvo de um tiroteio, que fez vários mortos e feridos, segundo a polícia israelita.

No domingo e hoje, as forças israelitas mataram mais palestinianos na Cisjordânia, um território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.

"Como a situação parece muito volátil, a Unicef teme que o número de crianças em sofrimento venha a aumentar", referiu a agência da ONU no mesmo comunicado, no qual apela a todas as partes para que "previnam a escalada do conflito, exerçam a maior contenção e se abstenham de utilizar a violência, especialmente contra as crianças" e de acordo com o direito internacional.

"A violência nunca é uma solução e todas as formas de violência contra as crianças são inaceitáveis. A violência tem de acabar", concluiu.

Leia Também: Unicef exige libertação de 13 crianças sequestradas na RDCongo

Recomendados para si

;
Campo obrigatório