Turquia alerta para "ações anti-islâmicas e racistas" na Europa e EUA

O Governo turco aconselhou hoje cautela aos seus cidadãos na Europa e nos Estados Unidos devido ao aumento de "ações anti-islâmicas e racistas", respondendo a aviso semelhante feito antes por Washington e países europeus em relação à Turquia.

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Lusa
29/01/2023 14:08 ‧ 29/01/2023 por Lusa

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Turquia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros turco emitiu uma nota onde assinala "um aumento das ações anti-islâmicas e racistas" em "vários países europeus", sem especificar, além de "manifestações de propaganda" contra a Turquia por "grupos ligados ao terrorismo".

Aconselha os viajantes a evitarem lugares lotados e a manterem a calma face a possíveis ataques xenófobos e racistas, utilizando formulações semelhantes às utilizadas pelas embaixadas da França e da Alemanha, que na sexta-feira emitiram mensagens de cautela aos seus cidadãos na Turquia.

Os Estados Unidos e França instaram sexta-feira os seus cidadãos na Turquia a estarem "alerta" para o risco de atentados, em retaliação pelos exemplares do Corão queimados na Suécia e na Dinamarca em manifestações antiturcas.

A representação diplomática norte-americana na capital turca recomendou que os seus cidadãos fiquem "alerta, evitem multidões e mantenham a discrição".

Simultaneamente, a embaixada francesa em Ancara enviou uma mensagem de correio eletrónico semelhante aos seus cidadãos na Turquia, referindo-se ao alerta emitido pelos Estados Unidos.

A diplomacia alemã fez aviso semelhante, sublinhado que a queima de exemplares do Corão aumentou o risco de ataques terroristas na Turquia.

Na semana passada realizaram-se várias manifestações em Estocolmo e em Copenhaga, durante as quais exemplares do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, foram queimados por extremistas que protestam contra o veto da Turquia à entrada da Suécia na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), uma decisão que tem de ser tomada por unanimidade dos Estados-membros.

Ancara está a bloquear desde maio o alargamento da Aliança Atlântica àquele país, bem como à Finlândia, exigindo que Estocolmo extradite curdos que o Governo de Recep Tayyip Erdogan considera "terroristas".

Tais incidentes foram denunciados e condenados pelos Governos em causa e pelas capitais ocidentais, incluindo Washington, mas aumentaram a tensão com a Turquia e Erdogan avisou que a Suécia já não contará com o "apoio" do sue pais para aderir à NATO e que as negociações estão oficialmente suspensas.

Leia Também: Erdogan defende legalidade em concorrer a novo mandato na Turquia

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