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Macron lembra Amini e pede mais ação em defesa dos diretos humanos

O presidente Francês Emmanuel Macron saudou hoje a "luta" da iraniana Mahsa Amini, "assassinada como mártir" por não usar o véu, pedindo mais "responsabilidade e ação" na luta pelos direitos humanos.

Macron lembra Amini e pede mais ação em defesa dos diretos humanos
Notícias ao Minuto

13:37 - 29/01/23 por Lusa

Mundo Presidente francês

"Como acontece frequentemente, as primeiras vítimas das opressões são mulheres e raparigas jovens", disse Emmanuel Macron, num vídeo que colocou na sua conta do Twitter, citado pela agência de notícias Agence France Presse (AFP).

"Se Mahsa Amini, assassinada como mártir, se tornou hoje um símbolo para todos nós, ela deve ser mais do que isso", disse o presidente francês, acrescentando que a luta obriga "à responsabilidade e à ação".

O presidente recordou que a França irá receber 14 vencedores da "Iniciativa Marianne", que foi lançada em 2021, um ano após a morte da jovem Amini, de 22 anos, presa em Teerão pela polícia moral por violar o rigoroso código de vestuário que exige que as mulheres usem o véu em público.

A "Iniciativa Marianne" tem como objetivo reforçar as ações a favor dos direitos humanos, homenageando um conjunto de ativistas de todo o mundo que estão envolvidos na defesa dos direitos humanos e sociais mas também na proteção do ambiente.

O Irão tem enfrentado uma onda de protestos desde a morte de Mahsa Amini, a 16 de setembro do ano passado.

A iniciativa Marianne" permite aos "combatentes da liberdade" aceder a um programa de formação que lhes dá "novos instrumentos para prosseguirem o seu compromisso no seu país ou em França" para aqueles que desejam requerer asilo, recordou o presidente Macron.

"Queremos ajudá-los a realizar os seus projetos, torná-los mais fortes, acompanhá-los para que estes projetos possam prevalecer, em todo o lado", acrescentou.

Entre os membros da classe de 2023, está a jornalista iraniana Asal Maryam Abasian, 31 anos, que luta na defesa das mulheres e do povo LGBTQI+, tendo fugido do Irão em 2021.

A advogada russa Imanova Tamilla, de 26 anos, e outra das ativistas que aconselha pessoas presas durante os protestos e que também foi selecionada por um comité de defensores dos direitos humanos, investigadores e especialistas em asilo.

Entre a classe está também o colombiano Elicer Arias Arias, 42 anos, que tem denunciado os desaparecimentos forçados e a violência extrajudicial no seu país, assim como Virginia Estefania Roque Aguilar, 25 anos, de El Salvador, que está envolvida na luta contra a poluição das águas e pelos direitos dos povos indígenas.

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