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Congresso do Peru rejeita antecipar eleições gerais para outubro

O Congresso do Peru rejeitou na sexta-feira antecipar as eleições gerais do país para outubro, após debate por mais de oito horas um projeto de lei proposto pelo presidente da Comissão de Constituição, Hernando Guerra García.

Congresso do Peru rejeita antecipar eleições gerais para outubro
Notícias ao Minuto

07:20 - 28/01/23 por Lusa

Mundo Peru

A proposta recebeu 45 votos a favor, 65 contra e duas abstenções, embora após a votação o presidente do Congresso, José Williams, tenha informado que fora apresentado um pedido de reconsideração, que será discutido na segunda-feira e que implica uma nova votação.

Durante o debate, Guerra García argumentou que antecipar a data das eleições era "uma necessidade" para "trazer alívio" ao país "e aos cidadãos", numa referência às manifestações antigovernamentais que causaram 64 mortos desde dezembro.

O projecto de lei propõe que sejam incorporadas disposições transitórias especiais para que se realizem eleições gerais em outubro, que o novo Congresso tome posse a 31 de dezembro e o novo Governo a 01 de janeiro de 2024.

Os próximos poderes executivo e legislativo serviriam excecionalmente até julho de 2029, mais seis meses do que os cinco anos estabelecidos na Constituição, com o objectivo de regressar à data tradicional de 28 de julho, a data da independência nacional, no período subsequente.

A presidente, Dina Boluarte, exortou o Congresso a aprovar as eleições antecipadas como forma de sair da crise.

A demissão de Boluarte, a dissolução do Congresso e a convocação imediata de eleições para uma assembleia constituinte, a punição para os responsáveis policiais e militares envolvidos na sangrenta repressão dos protestos e a libertação do ex-Presidente Pedro Castillo -- acusado de promover um "golpe de Estado" constitucional e em prisão preventiva desde o início de dezembro --, são as principais reivindicações dos manifestantes, provenientes das zonas mais pobres do país.

A crise política que abala o Peru é também reflexo do enorme fosso entre Lima, a capital, e as províncias pobres que apoiam Castillo, de origem ameríndia, e que nunca foi aceite no Palácio Presidencial pela elite e a oligarquia citadina, e pelos principais 'media' na posse de abastados empresários.

Leia Também: Peru. Boluarte pede antecipação das eleições para dezembro de 2023

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