"Não existe neutralidade na guerra". Zelensky critica sugestão do COI

O presidente ucraniano voltou a indignar-se contra a iniciativa do Comité Olímpico de permitir a participação de atletas russos nas suas provas.

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© Presidência da Ucrânia

Hélio Carvalho
27/01/2023 21:44 ‧ 27/01/2023 por Hélio Carvalho

Mundo

Ucrânia/Rússia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a alertar para a situação "extremamente aguda" que decorre na região de Donetsk, e aproveitou o seu discurso noturno para criticar a sugestão do Comité Olímpico Internacional (COI) de aceitar atletas russos sob uma bandeira neutra.

No discurso, divulgado nas redes sociais, Zelensky afirmou que "não existe neutralidade quando uma guerra está a decorrer" e considerou que "é óbvio que qualquer bandeira neutra por atletas russos está manchada com sangue".

"É impossível não ficar desapontado pelas declarações do atual presidente do COI. Falei com ele várias vezes e nunca ouvi como é que ele vai proteger os desportos da propaganda de guerra se permitir que os atletas russos voltem às competições internacionais", apontou.

As declarações do líder ucraniano surgem depois de o COI ter, esta semana, sugerido a reintrodução de atletas russos e bielorrussos nas competições internacionais e nas provas de qualificação de acesso aos próximos Jogos Olímpicos, que se realizarão em Paris, em 2024.

Estas medidas do COI já motivaram boicotes por parte das federações ucranianas, nomeadamente nas provas de judo do final do ano passado.

Para Zelensky, a Ucrânia "vai fazer tudo para garantir que o mundo protege os desportos da influência política do estado terrorista, que se torna inevitável se os atletas russos puderem participar"

"Convidamos o senhor [Thomas] Bach a Bakhmut, para que ele veja com os seus próprios olhos que a neutralidade não existe", rematou Zelensky, dirigindo-se ao presidente do comité.

O presidente ucraniano voltou ainda a vincar o caráter destrutivo dos bombardeamentos russos em zonas residenciais, salientando as batalhas em Bakhmut e em Vuhledar que, nos últimos dias, tornou-se na última cidade a assumir um papel preponderante na guerra.

Vuhledar, uma zona marcada pela indústria mineira, tem sido destruída pelos ataques dos russos, que tentam tomar mais um ponto na região de Donetsk.

Leia Também: Zelensky: "Memória eterna para todas as vítimas do Holocausto"

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