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ONG apela ao Governo camaronês para aceitar mediação do Canadá para a paz

A Campanha Global para a Paz e Justiça nos Camarões apelou ao Governo para aceitar a oferta de mediação do Canadá para um possível acordo com separatistas anglófonos que termine com um conflito que causou 6.000 mortos desde 2017.

ONG apela ao Governo camaronês para aceitar mediação do Canadá para a paz
Notícias ao Minuto

16:09 - 27/01/23 por Lusa

Mundo Camarões

A situação atual do processo é confusa, pois o Governo canadiano apresentou-se na sexta-feira passada como mediador, mas dias depois as autoridades camaronesas rejeitaram qualquer envolvimento de Otava nas negociações com os separatistas.

Neste cenário, a ONG apela ao Governo camaronês "a renovar o seu compromisso com o processo canadiano", uma vez que "as mortes, a ilegalidade, a destruição e a impunidade prevalecentes nas zonas de conflito apenas geraram mais violência e insegurança".

"A este respeito, a solidariedade do Governo dos Camarões com o processo canadiano é vital", acrescentou o grupo, através de uma declaração na sua página da internet.

A ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Mélanie Joly, não comentou exatamente a recusa do Governo camaronês, mas afirmou que as partes em conflito já tinham realizado três reuniões em Ontário e no Quebeque.

"O Governo camaronês abordou-nos e também convidámos um representante da ONU a estar presente durante a mediação", disse Mélanie Joly na terça-feira.

As regiões anglófonas dos Camarões (noroeste e sudoeste) foram abaladas pelo conflito, após a repressão dos movimentos separatistas depois da autoproclamação da independência de Ambazonia, em 01 de outubro de 2017.

No ano anterior, esta área - outrora parte das colónias britânicas em África, mas que decidiram juntar-se aos Camarões franceses - foi palco de protestos pacíficos exigindo maior autonomia ou independência com base na discriminação por parte das autoridades centrais, inclusive em questões linguísticas.

Desde então, os grupos armados proliferaram e o apoio aos separatistas anteriormente marginalizados tem crescido. O Governo reagiu com uma dura repressão, durante a qual as organizações de direitos humanos acusaram as forças de segurança de cometerem atrocidades.

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