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Lavrov promete ajuda militar à Eritreia no final de digressão africana

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov terminou quinta-feira a sua digressão africana na Eritreia, aliada de Moscovo no continente a quem prometeu continuar a apoiar militarmente, segundo um comunicado divulgado hoje pelo seu ministério.

Lavrov promete ajuda militar à Eritreia no final de digressão africana
Notícias ao Minuto

14:46 - 27/01/23 por Lusa

Mundo Rússia

Lavrov foi recebido pelo Presidente da Eritreia, Isaias Afwerki, com quem discutiu a "cooperação militar" com base em "acordos assinados há algum tempo", lê-se no comunicado publicado na rede social Twitter.

"Estamos prontos para atender às necessidades da Eritreia em termos de manutenção da sua capacidade de defesa e certamente vamos cooperar nas questões humanitárias", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, citado na nota.

No encontro, foram também abordadas questões africanas, como o acordo de paz que o governo etíope e os rebeldes da província do Tigray assinaram em novembro passado, que pôs fim a uma guerra iniciada dois anos antes e na qual a Eritreia apoiou a Etiópia.

Lavrov expressou o desejo de que o acordo, alcançado com a mediação da União Africana, "ajude a estabilizar a situação na região".

O ministro e o Presidente também consolidaram as suas posições na Organização das Nações Unidas (ONU) em questões relacionadas com o que surge designado como "problemas criados coletivamente pelo Ocidente" à Rússia e "qualquer país que não aceite a reivindicação dos Estados Unidos e seus satélites para terem a hegemonia na economia global, na política internacional, e ditar a sua vontade".

Isaías Afwerki, por seu lado, apelou a "esforços para resistir e combater a hegemonia histórica e colonial que põe em perigo o mundo", segundo o Ministério de Informação da Eritreia.

Além do encontro com o Presidente, Lavrov reuniu-se quinta-feira com o seu homólogo eritreu, Osman Saleh, que assegurou que o seu país continuará a estreitar os laços com a Rússia e sublinhou a importância de se alcançar uma nova ordem mundial.

"A crise desencadeada na Ucrânia é, em essência, um subproduto da política imprudente de hegemonia e contenção que (os países ocidentais) seguiram nas últimas décadas", disse Osman, segundo o ministério.

A Eritreia foi o único país africano que, juntamente com a Rússia, Síria, Bielorrússia e Coreia do Norte, votou em março passado contra uma resolução da Assembleia-Geral da ONU condenando a invasão russa da Ucrânia.

Lavrov expressou ainda a disposição da Rússia em cooperar com a Eritreia nos setores de energia, mineração, tecnologia da informação, educação e saúde.

Antes de chegar à Eritreia, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo visitou a África do Sul, Essuatíni e Angola.

A Eritreia, país liderado desde a sua independência da Etiópia em 1991 por Isaias Afwerki, é um dos regimes mais fechados e repressivos do mundo e é conhecida como a "Coreia do Norte de África".

Leia Também: MNE russo faz visita surpresa à Eritreia no final da digressão por África

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