Morte de bebé por negligência custa mais de 900 mil euros ao NHS

Os Hospitais da Universidade de Nottingham declararam-se culpados no caso de Wynter Andrews, que morreu logo após o nascimento, em 2019, no Queen's Medical Center.

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Notícias ao Minuto
27/01/2023 14:24 ‧ 27/01/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

Um fundo do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) foi multado em 800 mil libras, mais de 910 mil euros, depois de admitir falhas no cuidado de um bebé, que morreu 23 minutos após o seu nascimento.

De acordo com BBC News, os Hospitais da Universidade de Nottingham declararam-se culpados pelos cuidados prestados ao recém-nascido Wynter Andrews, que morreu minutos após o seu nascimento, em 2019, no Queen's Medical Center.

A estação de televisão britânica adianta ainda que esta é a maior multa passada a um fundo do NHS sobre cuidados de maternidade.

O Tribunal de Magistrados de Nottingham considerou que as falhas foram "mais do que suficientes" para causar danos ao bebé e à mãe. Contudo, a juíza mostrou-se "altamente ciente" de que a multa seria paga com dinheiro que seria usado ​​para atendimento ao paciente.

Wynter morreu de encefalopatia isquémica hipóxica, que é uma perda de fluxo de oxigénio para o cérebro - que poderia ter sido evitada - causada por uma combinação de "compressão do cordão umbilical durante o trabalho de parto" e uma infeção.

No inquérito realizado pelo hospital, em 2020, verificou-se que o bebé nasceu "em más condições" com o cordão umbilical "enrolado firmemente em volta da perna e do pescoço", e os esforços para ressuscitá-lo duraram apenas 23 minutos. O recém-nascido acabaria por perder a vida nos braços dos pais.

Em comunicado, citado pela BBC, os pais de Wynter referiram que a multa "demonstrou a gravidade" das falhas do fundo.

"Esses processos criminais são projetados para agir como uma punição e um impedimento. Nenhuma penalidade financeira trará Wynter de volta. Esperamos que [a multa] envie uma mensagem clara de que se deve ter a segurança do paciente em alta consideração. Infelizmente, não somos a única família prejudicada pelas falhas do fundo", afirmam.

A legista Laurinda Bower considerou que este "caso claro e óbvio de negligência" com o bebé se deveu a "problemas sistémicos", acrescentando que a unidade tinha poucos funcionários para cuidar simultaneamente de vários pacientes de alto risco.

Leia Também: MP abre investigação a suspeitas de negligência médica no Amadora-Sintra

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