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ONU alerta para regressão geral dos direitos humanos em Myanmar

O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, alertou hoje para uma "regressão geral em termos de direitos humanos" em Myanmar durante os quase dois anos que decorreram desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021.

 ONU alerta para regressão geral dos direitos humanos em Myanmar
Notícias ao Minuto

13:12 - 27/01/23 por Lusa

Mundo Myanmar

Türk afirmou, em comunicado hoje divulgado, que este revés afeta os direitos económicos, sociais, culturais, civis e políticos dos cidadãos birmaneses.

O alto-comissário pediu às autoridades do país a libertação de todos os presos políticos, incluindo a ex-conselheira de Estado e Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, como forma de resolver a crise humanitária em Myanmar (antiga Birmânia).

Além disso, Türk exigiu que a liderança militar birmanesa se comprometa com os cinco pontos acordados em 2021 pelos líderes dos países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que incluíam a cessação da violência e garantias de acesso das organizações de ajuda humanitária ao país.

A ONU contabilizou pelo menos 2.890 mortes em Myanmar desde fevereiro de 2021, tendo o responsável da agência do Alto Comissariado em Myanmar, James Rodehaver, avisado que o número real pode ser maior.

Pelo menos 767 das pessoas mortas tinham sido detidas pelos militares e não foram julgadas antes da sua execução.

O número de pessoas que tiveram que deixar as suas casas por causa da repressão também preocupa as Nações Unidas: 1,2 milhões permanecem deslocados dentro do país e outras 700.000 tiveram de deixar Myanmar nos últimos dois anos.

A este número somam-se os milhões de muçulmanos da etnia rohingya que fugiram do país nas últimas décadas devido à perseguição de que são alvos, recordou a agência.

Atualmente, cerca de 13.000 das 16.000 pessoas que foram detidas pelas autoridades militares durante o conflito continuam presas, acrescentou a organização da ONU.

As Nações Unidas referiram ainda que há muitas infraestruturas danificadas, dando como exemplo os mais de 34.000 edifícios públicos, hospitais, escolas e locais de culto que foram incendiados.

O alto-comissário pediu também que os responsáveis por todos estes atos sejam levados à justiça por violações diárias dos direitos humanos, exigindo ainda uma supervisão "real e efetiva" das forças armadas birmanesas.

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