Rússia condena ataque contra embaixada do Azerbaijão em Teerão
A Rússia condenou hoje o ataque contra a embaixada do Azerbaijão em Teerão, que provocou um morto e dois feridos, e disse esperar que os responsáveis pela ação sejam levados à justiça.
© Reuters
Mundo Irão
Um homem armado com uma espingarda Kalashnikov invadiu hoje a embaixada do Azerbaijão e matou o chefe de segurança, ferindo ainda dois guardas antes de ser detido.
"Esperamos que todos os responsáveis sejam levados à justiça", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
A diplomacia russa expressou "sinceras condolências" a Baku pela morte do seu funcionário e defendeu ser necessário garantir a segurança das missões diplomáticas.
"O que aconteceu mais uma vez confirma a importância de garantir o funcionamento seguro das missões diplomáticas pelas autoridades do Estado anfitrião, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", disse o ministério liderado por Serguei Lavrov.
O Azerbaijão acusou o Irão de ser responsável pelo ataque e anunciou a retirada do seu pessoal diplomático da capital iraniana.
"Toda a responsabilidade pelo ataque é do Irão", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, Ayxan Hacizada, aos meios de comunicação locais, segundo a agência francesa AFP.
O porta-voz disse que uma recente campanha anti-Azerbaijão na imprensa iraniana tinha "encorajado o ataque".
O pessoal da embaixada "está a ser retirado do Irão", disse o mesmo porta-voz ao canal de televisão turco TRT Haber TV.
O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, qualificou o ataque como um ato terrorista e exigiu a punição do autor.
"Um ataque terrorista contra missões diplomáticas é inaceitável", disse Aliyev.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano também condenou o ataque e disse que as autoridades ordenaram uma investigação com "alta prioridade e sensibilidade".
A Turquia, que tem laços estreitos com o Azerbaijão, condenou o ataque e pediu que as autoridades iranianas tomem medidas para evitar incidentes do género.
Ancara tem apoiado o Azerbaijão contra a Arménia na disputa pela região de Nagorno-Karabakh.
"O irmão Azerbaijão não está sozinho. O nosso apoio ao Azerbaijão continuará sem interrupção", disse o ministério turco, citado pela agência norte-americana AP.
O chefe da polícia de Teerão, general Hossein Rahimi, atribuiu o ataque a "problemas pessoais e familiares", segundo a televisão estatal iraniana, mas o incidente ocorreu após meses de tensão entre os dois países vizinhos.
O Irão, onde vivem milhões de azeris, há muito que acusa o seu vizinho Irão de fomentar o sentimento separatista no seu território.
As relações entre Baku e Teerão têm sido tradicionalmente delicadas, uma vez que o Azerbaijão de língua turca é um aliado próximo da Turquia, um rival histórico do Irão.
Teerão também receia que o Azerbaijão possa ser utilizado para uma possível ofensiva contra o Irão por Israel, o principal fornecedor de armas de Baku, segundo a agência francesa AFP.
Após o fim do Império Russo, o Azerbaijão foi independente entre 1918 e 1920, quando foi incorporado na União Soviética.
Em 1991, voltou a ser independente com o colapso da União Soviética.
Situado na região do Cáucaso, entre o leste da Europa e o sudoeste da Ásia, reparte uma fronteira de 2.468 quilómetros com Arménia, Geórgia, Irão, Rússia e Turquia.
Um pouco mais pequeno do que Portugal em área, tem cerca de 10,3 milhões de habitantes, maioritariamente muçulmanos.
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