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Missão na Arménia? Moscovo acusa UE de alimentar "confronto geopolítico"

A diplomacia russa acusou hoje a União Europeia (UE) de alimentar "confrontos geopolíticos" ao enviar uma missão civil para monitorizar a volátil fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão, uma área de forte interferência da Rússia.

Missão na Arménia? Moscovo acusa UE de alimentar "confronto geopolítico"
Notícias ao Minuto

16:28 - 26/01/23 por Lusa

Mundo Arménia

Acusando a UE de se ter tornado um "capanga dos Estados Unidos e da NATO e de prosseguir uma política de confronto no espaço pós-soviético", o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo considera que uma missão europeia na Arménia "introduz confrontos geopolíticos na região e exacerba as contradições existentes".

Para Moscovo, ao enviar a sua missão, a UE procura "minar os esforços de mediação da Rússia".

Moscovo tem sido o mediador tradicional do conflito entre a Arménia e o Azerbaijão desde a década de 1990 e destacou após a guerra de 2020 uma missão de manutenção da paz para o enclave de Nagorno-Karabakh, território que Baku e Erevan disputam.

Mas a influência russa na região tem diminuído, devido à concorrência geopolítica ocidental e turca, mas também devido à ofensiva militar desencadeada por Moscovo contra a Ucrânia, que preocupa os seus países vizinhos.

Há meses que os europeus tentam ser mediadores entre a Arménia e o Azerbaijão, mas a missão que a UE está a preparar não foi apoiada pelo lado azeri.

A Arménia, por seu lado, tem vindo a denunciar há semanas a inação da Rússia, cuja missão de manutenção da paz, segundo Erevan, nada fez para impedir um bloqueio que está a acontecer em Nagorno-Karabakh.

Há mais de um mês que os azeris, sob o argumento de estarem a defender o ambiente, mantêm um protesto contra minas que dizem ilegais e têm bloqueado uma estrada crucial que liga a Arménia a Nagorno-Karabakh, a região separatista do Azerbaijão povoada por arménios.

Como resultado do bloqueio, o enclave, habitado por cerca de 120.000 pessoas, enfrenta cortes de energia e dos serviços de Internet, bem como problemas de aquecimento e de acesso a alimentos e medicamentos.

"Esta é uma política de limpeza étnica", disse hoje o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, durante uma reunião do Governo, acusando o Azerbaijão de exercer "pressão económica e psicológica para provocar um êxodo de arménios de Karabakh".

O enclave de Nagorno-Karabakh tem sido foco de conflitos desde que, em 1988, decidiu autonomizar-se de Baku, e quando a Arménia e o Azerbaijão ainda estavam integrados na União Soviética.

Leia Também: UE anuncia missão civil na Arménia para promover estabilidade na região

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