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RDCongo e Uganda mataram em 2022 centenas de membros das ADF

O Uganda anunciou hoje que as operações conjuntas de militares ugandeses e da República Democrática do Congo (RDCongo) em 2022 mataram 424 membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), grupo rebelde sediado no leste da RDCongo.

RDCongo e Uganda mataram em 2022 centenas de membros das ADF
Notícias ao Minuto

14:54 - 26/01/23 por Lusa

Mundo Forças Democráticas Aliadas

As ações das ADF são por vezes atribuídas ao movimento fundamentalista islâmico Estado Islâmico (EI).

O resultado das ações conjuntas consta de um comunicado divulgado hoje pelo Parlamento, que cita declarações feitas na quarta-feira pelo vice-ministro da Defesa ugandês, Jacob Oboth, perante os deputados.

Segundo Oboth, as ações conjuntas, no âmbito da denominada "Operação Shujaa", começaram a ser desenvolvidas em 2021.

"A Operação Shujaa evoluiu através de fases contínuas a cada dois meses. A operação conjunta ainda está em andamento com conquistas significativas", enfatizou Oboth aos deputados.

"Só em 2022, foram mortos 424 terroristas das ADF, outros 81 foram capturados, 115 pessoas raptadas foram resgatadas, e foram recuperadas 118 armas de fogo com munições diversas e 10 engenhos explosivos improvisados", revelou o vice-ministro.

Oboth também confirmou a participação do Uganda na força regional da Comunidade da África Oriental (EAC, na sigla em inglês), destacada para combater grupos rebeldes no leste da RDCongo.

As ADF são um grupo rebelde de origem ugandesa, mas atualmente tem suas bases nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, perto da fronteira que a RDCongo partilha com o Uganda.

Os objetivos deste grupo são difusos para além de uma possível ligação com o movimento extremista Estado Islâmico, que por vezes assume a autoria dos seus ataques.

De acordo com o Kivu Security Barometer (KST), as ADF são responsáveis por mais de 4.900 mortes em 936 ataques registados na RDCongo desde 2017.

Além disso, as autoridades do Uganda acusam o grupo rebelde de organizar ataques dentro do seu território, incluindo dois atentados suicidas em Kampala em novembro de 2021.

Para neutralizar as ADF, os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram uma operação militar conjunta em solo democrático-congolês no final de novembro de 2021, que ainda está em curso.

No entanto, de acordo com um relatório da ONU publicado em dezembro passado, essas ações militares não impediram o fortalecimento dos rebeldes.

Desde 1998, o leste da RDCongo é palco de um conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo Exército, apesar da presença da missão da ONU na RDCongo (Monusco), com 16.000 militares no terreno.

Leia Também: Pelo menos 23 mortos em novo ataque atribuído a rebeldes na RDCongo

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