A violência ocorre num momento de tensões sobre o novo Governo de Israel, o mais à direita da história do país.
Na quarta-feira, o ultranacionalista ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, prometeu continuar as visitas à Esplanada das Mesquitas, um local sagrado de Jerusalém, apesar dos apelos da vizinha Jordânia para que Israel mantenha um status quo no local.
O Ministério da Saúde palestiniano identificou o homem morto como Aref Abdel Nasser Lahlouh, de 20 anos. O Exército israelita disse que o jovem carregava uma faca e foi baleado depois de tentar atacar um soldado num posto militar.
Um vídeo nas redes sociais mostrou um homem a sair de um carro, a correr em direção aos militares enquanto segurava um artefacto na mão direita e depois a cair no chão.
Na quarta-feira anterior, as forças israelitas demoliram a casa de um atirador palestiniano que alegadamente matou um soldado israelita num posto de controlo de Jerusalém em 2022.
Israel diz que tais demolições impedem futuros ataques, enquanto palestinianos e grupos de direitos humanos referem que punem injustamente pessoas que não estiveram envolvidas na violência.
A polícia disse que cerca de 300 oficiais e soldados entraram no campo de refugiados de Shuafat para demolir a casa de Uday Tamimi.
A polícia disse que abriu fogo contra um palestiniano que suspeitava estar armado e fazer mira aos militares, mas a arma era falsa.
O Ministério da Saúde da Palestina disse que Mohammed Ali, de 17 anos, foi morto.
Imagens divulgadas pela polícia mostram o adolescente com a cara coberta e encapuzado. O vídeo mostra o jovem a correr, a largar a arma e cair no chão.
As mortes de hoje elevaram para 20 o número de palestinianos mortos pelas forças israelitas.
Quase 150 palestinianos foram mortos no ano passado, tornando-o o mais mortal desde 2004, de acordo com dados da organização não governamental de direitos humanos israelita B'Tselem.
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