A retoma das autorizações de armamento foi uma das condições estabelecidas pela Turquia com a Finlândia e com a Suécia para dar 'luz verde' à entrada destes dois países nórdicos na NATO.
Estocolmo já havia dado 'luz verde' a esta condição no final de setembro.
A licença de exportação foi concedida na terça-feira, autorizando a venda de aço blindado a uma empresa turca, explicou Riikka Pitkanen, assessora especial do Ministério da Defesa finlandês.
"Em outubro de 2019, nenhuma licença de exportação comercial tinha sido concedida à Turquia", confirmou Pitkanen.
O anúncio ocorre no momento em que as negociações com Ancara sobre a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO estão paralisadas, por causa dos protestos anti-turcos em Estocolmo no passado fim de semana.
A retoma das exportações consta de um memorando de entendimento assinado em junho passado entre os três países.
A decisão do ministro da Defesa da Finlândia foi imediatamente criticada por um dos partidos da coligação de Governo da primeira-ministra, Sanna Marin.
"Não apoiamos a exportação de material militar para países em guerra ou que violem os direitos humanos. Acreditamos que a Finlândia não deveria permitir a exportação de aço blindado para a Turquia", reagiu o líder do partido Aliança de Esquerda, Li Andersson.
Para já, a Turquia e a Hungria são os únicos países, da Aliança de 30 membros, que ainda não ratificaram a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO.
Leia Também: NATO? Suécia e Finlândia farão o possível para aderir "em conjunto"