“A partir do momento em que o voo MH370 descolou de Kuala Lumpur, já tinha dois planos de rota introduzidos nos computadores de bordo. A rota normal, que terminaria em Pequim, e uma segunda com um aeroporto alternativo. No momento em que o avião desapareceu dos radares, já não era preciso introduzir nada para que ele chegasse a um desses dois pontos. Um voo de um 777 começa com uma imensidão de coisas já programadas e introduzidas, à luz de um conjunto de procedimentos ‘standard’, que são muito rígidos. Por isso, diria que alguém que tenha estudado alguma coisa sobre o assunto, alguém com alguma experiência de pilotagem ou, simplesmente, que goste de videojogos que simulam voos poderia ter provocado as alterações que se verificaram. E nós sabemos que houve pelo menos duas alterações”, defende o especialista, justificando a sua tese.
Para Weiss, à luz dos dados conhecidos sobre o misterioso desaparecimento desta aeronave, a única certeza é a de que existiu intervenção humana já depois da descolagem do Boeing. “Essa é uma das poucas certezas que tenho em relação a tudo isto. Se ele teve dois desvios à rota programada, é porque houve intervenção humana. Não há outra possibilidade. Ora, se houve, ou foi dos pilotos, ou foi de alguém que nós não sabemos quem é”, conclui este especialista.