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Navalny compara Putin e Lukashenko a "Voldemorts do nosso mundo"

O opositor russo agradeceu o apoio que lhe tem sido dado e recorreu à saga Harry Potter para falar sobre a necessidade de não estar sozinho.

Navalny compara Putin e Lukashenko a "Voldemorts do nosso mundo"
Notícias ao Minuto

11:54 - 25/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Alexei Navalny

O opositor russo Alexei Navalny agradeceu, esta quarta-feira, o apoio que lhe tem sido dado enquanto permanece detido numa prisão de alta segurança, na Rússia. Numa publicação, na rede social Twitter, o crítico do presidente russo, Vladimir Putin, citou uma personagem da saga de Harry Potter e comparou vários líderes mundiais ao vilão Voldemort.

“Já citei esta grande frase, mas as palavras de Luna Lovegood de um livro de Harry Potter são tão importantes para o mundo em que vivemos que terei todo o prazer em citá-la novamente: ‘É muito importante não nos sentirmos sozinhos. Se eu fosse Voldemort, gostaria muito que te sentisses só’”, começou por escrever o político na rede social Twitter.

Navalny afirmou que teve conhecimento “sobre a campanha de apoio” realizada “em cidades de todo o mundo”. “Considero-a, claro, como uma campanha pela libertação de todos os prisioneiros políticos na Rússia e na Bielorrússia, onde o meu nome figura como um dos símbolos”, afirmou.

Uma das mais recentes campanhas de apoio aconteceu na terça-feira, quando apoiantes de Navalny deixaram uma réplica da "pequena cela" onde o ativista se encontra detido em frente à Embaixada russa na capital alemã, Berlim, como forma de alertar para as condições vividas pelo político.

“Os Voldemorts do nosso mundo - Putin, Lukashenko, Khamenei e Maduro - querem que nós, aqueles que recusam submeter-se ao seu poder, nos sintamos sós, abandonados, miseráveis e esquecidos perante as suas máquinas de mentira, corrupção e desumanização”, acrescentou Navalny, referindo-se aos líderes da Rússia, Bielorrússia, Irão e Venezuela. 

O opositor destacou ainda a importância, especialmente para quem está preso, de “não se sentir sozinho”.  “Sentir-se sozinho hoje significa ser quebrado amanhã”, frisou.

“Saúdo, agradeço e abraço todos aqueles que me dão a mim e a outros como eu a oportunidade de sentir que não estou só a cada segundo da minha vida prisional, por mais difícil que seja”, terminou.

Sublinhe-se que o opositor do regime do presidente russo estava a cumprir pena em liberdade condicional após ter sido acusado de fraude – uma acusação que diz ter sido fabricada – quando foi envenenado com um agente neurotóxico do tipo Novitchok, em agosto de 2020.

Após aquela que considera ser uma tentativa de assassinato por parte do Kremlin, o opositor de 45 anos foi transferido, a pedido da mulher, da Sibéria para a Alemanha para recuperar. Foi detido ao voltar para a Rússia, a 17 de janeiro de 2021. 

Leia Também: Apoiantes de Navalny colocam réplica de cela em frente a embaixada russa

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