Senadores dos EUA pedem envio de tanques a Kyiv "o mais rápido possível"
Senadores democratas e republicanos dos Estados Unidos instaram hoje a Alemanha a entregar "o mais rápido possível" os seus tanques Leopard 2 à Ucrânia, sublinhando que se trata de um momento crucial no campo de batalha.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O semanário alemão Der Spiegel avançou hoje que a Alemanha aprovou o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia e está disposta a autorizar a transferência para aquele país de pelo menos uma companhia do modelo Leopard 2A6.
Para o senador republicano Lindsey Graham, os tanques Leopard, de fabrico alemão, "podem ser decisivos" no combate das forças de Kiev contra a invasão russa.
Graham viajou para Kiev este fim de semana, juntamente com os legisladores democratas Richard Blumenthal e Sheldon Whitehouse, para se encontrar com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e outros membros do governo.
"A Alemanha tem a oportunidade de estar do lado certo da história", destacou o republicano, em conferência de imprensa.
O senador norte-americano realçou que durante a viagem constatou que os ucranianos "não vão ceder um centímetro do seu território aos russos" e que "têm mais determinação do que nunca".
A Ucrânia solicita há vários meses o envio dos Leopard 2 para deter o avanço das tropas russas no seu território.
O governo alemão liderado por Olaf Scholz ainda não confirmou oficialmente a entrega deste equipamento e argumentou, até agora, que a autorização deveria ser coordenada com os aliados ocidentais.
O democrata Richard Blumenthal sublinhou, por seu lado, que devem ser tomadas ações urgentes: "A Rússia está a preparar uma contraofensiva gigante. O tempo não está a nosso favor. Os ucranianos podem vencer se tiverem as ferramentas necessárias, começando pelos tanques".
Também hoje, a agência Associated Press (AP), que cita altos responsáveis dos EUA, anunciou que o governo norte-americano está prestes a aprovar a entrega às forças armadas da Ucrânia de tanques M1 Abrams.
Em reação, o porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) disse que "no momento" os EUA não têm nenhum anúncio para fazer sobre as notícias do envio dos Abrams à Ucrânia.
Até agora, os Estados Unidos resistiram a aprovar o fornecimento dos seus próprios tanques M1 Abrams para a Ucrânia, apontando para a necessidade de manutenção extensa e complexa ou desafios logísticos com estes veículos altamente tecnológicos.
Washington defendeu que seria mais produtivo enviar os Leopard 2 alemães, já que muitos aliados os possuem e as tropas ucranianas precisariam de menos treino para a sua utilização, em comparação com o complexo Abrams.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Minsk e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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