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Inaugurada polémica plataforma de exploração petrolífera no Uganda

O presidente ugandês, Yoweri Museveni inaugurou hoje a primeira plataforma de exploração petrolífera do país, um megaprojeto criticado por ambientalistas que permitirá ao país produzir petróleo bruto a partir de 2025, segundo as previsões governamentais.

Inaugurada polémica plataforma de exploração petrolífera no Uganda
Notícias ao Minuto

16:14 - 24/01/23 por Lusa

Mundo Uganda

"A plataforma de perfuração recentemente inaugurada por sua excelência (Museveni) será utilizada para explorar os 31 poços neste campo", disse Ernest Rubonbo, diretor-executivo da Autoridade Petrolífera do Uganda, regulador do setor petrolífero do Uganda.

"Vinte destes poços serão utilizados para produzir petróleo, enquanto os 11 restantes serão utilizados para injetar água no campo, o que ajudará a melhorar a produção", acrescentou Rubonbo.

A plataforma de perfuração pertence à filial ugandesa da China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) e está localizada no campo petrolífero Kingfisher, perto das margens do Lago Albert no distrito de Bulisa (noroeste).

O Uganda espera tornar-se uma nação exportadora de petróleo, uma posição a que aspira desde 2006, quando geólogos encontraram a quarta maior reserva de petróleo bruto na África subsaariana em torno do Lago Albert, na fronteira do Uganda com a República Democrática do Congo (RDCongo).

Para o conseguir, o país embarcou na construção de uma macro 'pipeline' de 1.450 quilómetros desde a parte ocidental do Uganda até ao porto de Tanga no oceano Índico tanzaniano, financiada pela multinacional francesa Total e CNOOC.

A sua construção tem sido envolta em controvérsia, com grupos de defesa dos direitos humanos e ambientais a denunciarem que o gasoduto atravessará importantes áreas naturais protegidas e obrigará muitas famílias a abandonar as suas casas e culturas.

A polícia ugandesa bloqueou hoje de manhã a entrada de um hotel em Kampala, onde o histórico político da oposição Kizza Besigye iria participar num debate privado sobre a controvérsia.

"Esta é uma questão de grande atualidade. Trata-se de uma questão de interesse nacional. A reunião estava marcada para ter lugar num quarto de hotel e não era pública (...). Não há nenhuma lei que me obrigue a pedir autorização para assistir a uma reunião dentro de casa", lamentou Besigye, em declarações relatadas pelos meios de comunicação locais.

A presença do político da oposição e cantor Robert Kyagunlanyi - conhecido pelo seu nome artístico Bobi Wine - também estava prevista para a reunião.

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