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Biden nomeia enviado de direitos humanos para a Coreia do Norte

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou esta segunda-feira um enviado especial de direitos humanos para a Coreia do Norte, cargo que ficou vago durante todo o mandato do anterior governo liderado por Donald Trump.

Biden nomeia enviado de direitos humanos para a Coreia do Norte
Notícias ao Minuto

06:26 - 24/01/23 por Lusa

Mundo EUA

Este cargo foi atribuído a uma diplomata de carreira, Julie Turner, que chefia atualmente a secção asiática do gabinete de direitos humanos do Departamento de Estado dos EUA.

O lugar estava vago desde janeiro de 2017, quando o ex-Presidente Donald Trump tentou estreitar laços com Pyongyang, reunindo-se três vezes com o líder norte-coreano Kim Jong Un.

A decisão do republicano levou a um alívio das tensões entre os dois países, sem que isso resultasse num acordo de longo prazo.

O cargo, que tem o posto de embaixador, foi criado por uma lei de 2004 destinada a fazer lobby na questão dos direitos humanos na Coreia do Norte, um dos países mais autoritários do mundo.

Turner, que é fluente em francês e coreano de acordo com sua biografia oficial, terá de ser confirmada no cargo através de uma votação no Senado dos EUA.

A tensão aumentou dramaticamente nos últimos meses entre a Coreia do Norte e seu vizinho do sul, bem como os Estados Unidos e o Japão, devido ao número recorde de lançamentos de mísseis por Pyongyang, em 2022.

No seu último relatório anual sobre direitos humanos, o Departamento de Estado expôs abusos generalizados no país comunista, incluindo prisão em massa e trabalhos forçados.

Já o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas divulgou em dezembro que a Coreia do Norte, Síria e Irão são três dos países que mais violam os direitos humanos.

Apesar de sublinhar que os direitos humanos são violados em muitos mais países e ocasiões, o primeiro país deste 'ranking' é a Coreia do Norte, com "uma longa história de violações dos direitos humanos".

Embora sejam considerados vários fatores para classificar um país nesta lista, um dos mais importantes é o tratamento dado pelo governo aos seus cidadãos.

A Comissão de Inquérito das Nações Unidas sobre Direitos Humanos na Coreia do Norte concluiu que "o regime de Kim [Jong-un atualmente no poder, mas também os regimes liderados pelo seu pai e avô] cometeu crimes contra a humanidade incluindo extermínios, assassinatos, escravatura, tortura, violações, abortos forçados e outras formas de violência sexual, perseguições por motivos políticos, religiosos, raciais e de género e transferências forçada de populações".

Além disso, Pyongyang mantém campos de prisioneiros onde os detidos são deixados à fome até morrerem, forçados a trabalhar em situações perigosas e sujeitos a violência sistemática, além de realizar com frequência execuções públicas como forma de intimidar, sobretudo os que tentam fugir do país.

O regime, que controla todas as informações que entram e saem do país, omitindo qualquer dificuldade ou crítica ao país ou mesmo inventando cenários favoráveis, proíbe qualquer atividade religiosa não autorizada, prendendo ou executando aqueles que desobedecem.

A Coreia do Norte também restringe a liberdade de movimento dentro do país, tornando difícil às pessoas fugirem de abusos de direitos humanos e vários relatos dão conta da existência de tráfico de pessoas para trabalhos forçados em países como a China e a Rússia e para exploração sexual no caso das mulheres e meninas.

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