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Letónia segue Estónia e retira embaixador de Moscovo

A Letónia informou hoje a Rússia da retirada do seu embaixador em Moscovo, após idêntica decisão da Estónia em reação à expulsão do representante estónio na Federação Russa, que deu ao diplomata duas semanas para deixar o país.

Letónia segue Estónia e retira embaixador de Moscovo
Notícias ao Minuto

19:55 - 23/01/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

O conflito diplomático entre os dois Estados bálticos e a Rússia começou hoje manhã, quando o Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que o embaixador da Estónia, Margus Laidre, foi convocado e recebeu "um firme protesto contra as ações das autoridades estónias".

O ministério russo disse que os líderes estónios destruíram deliberadamente as relações com a Rússia nos últimos anos, descrevendo como a 'gota de água' a recente decisão da Estónia de expulsar 13 diplomatas russos e oito técnicos.

Em resposta à decisão russa, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Urmas Reinsalu, disse que o embaixador russo em Tallin também partirá em 07 de fevereiro.

"A Estónia toma nota da decisão da Rússia hoje de reduzir a presença diplomática ao nível de encarregado de negócios", disse o Governo estoniano.

"Defendemos o princípio da paridade nas relações com a Rússia, o que significa que o embaixador russo partirá ao mesmo tempo que o embaixador da Estónia na Rússia", acrescentou o Ministério nas redes sociais.

Segundo o portal estónio Err.ee, Reinsalu disse que pediria aos países da União Europeia (UE) que aderissem à paridade nas relações diplomáticas com a Rússia, na qual o número de diplomatas é o mesmo em todos os países.

A Estónia será representada em Moscovo por um encarregado de negócios temporário e o mesmo acontecerá coma Rússia em Tallin.

Posteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Letónia, Edgars Rinkevics, anunciou a retirada do seu embaixador na Rússia, Maris Riekstins, a partir terça-feira, e pediu à Rússia que reduzisse sua representação em Riga, o que significa na prática a retirada do embaixador russo, Mikhail Vanin.

Na sua conta no Twitter, Rinkevics escreveu: "Devido à brutal agressão russa contra a Ucrânia e em solidariedade com a Estónia, a Letónia reduzirá o nível de relações diplomáticas com a Rússia a partir de 24 de fevereiro, exigindo que a Rússia aja em conformidade".

Houve expulsões recíprocas de diplomatas e reduções mútuas na representação entre a Rússia e os países bálticos desde março de 2022, quando estes três países da União Europeia expulsaram um total de 10 diplomatas russos em movimento aparentemente coordenado para expressar solidariedade com a Ucrânia, invadida pelas forças de Moscovo 24 de fevereiro de 2022. Os russos eram também suspeitos de espionagem.

Em 11 de janeiro, a Estónia disse à Rússia para reduzir o número de funcionários na sua embaixada em Tallin para mais de metade. Treze diplomatas e oito membros do pessoal administrativo, técnico e de serviço retornarão a Moscovo em 01 de fevereiro.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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