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Pelo menos três explosões em Mogadíscio reivindicadas pelo Al Shabad

Pelo menos três explosões afetaram hoje a Câmara Municipal da capital da Somália, Mogadíscio, e deixaram um número indeterminado de mortos, segundo testemunhas no local do atentado já reivindicado pelo grupo jihadista Al Shabad.

Pelo menos três explosões em Mogadíscio reivindicadas pelo Al Shabad
Notícias ao Minuto

12:35 - 22/01/23 por Lusa

Mundo Mogadíscio

"Há muitos corpos. Estou onde ocorreram as explosões", disse Abdi Farah à agência espanhola EFE, testemunha da área onde decorreu o ataque, detalhando que pode observar "pelo menos oito corpos aparentemente sem vida e uma dezena de feridos" enquanto ouvia tiros no interior da câmara.

O ataque, que afetou o quartel-general daquele que é o Governo da região de Banadir, cuja demarcação coincide com a de Mogadíscio, ocorreu dias depois de o exército somali ter conseguido retomar o controlo de vários locais estratégicos do estado central de Galmudug.

À France Press, o polícia Abdullahi Mohame avançou que "terroristas explodiram um veiculo carregado de explosivos num muro no centro comercial de Mogadíscio, que se encontra próximo da sede do Governo de Banadir".

Al Shabab, um grupo afiliado à rede Al Qaeda desde 2012, faz, frequentemente, ataques terroristas em Mogadíscio e outras partes do país para derrubar o Governo central -- apoiado pela comunidade internacional -- e estabelecer, pela força, um estado islâmico ultraconservador.

O grupo jihadista controla áreas rurais do centro e sul da Somália e também ataca países vizinhos como o Quênia e a Etiópia.

Em agosto passado, o Presidente somali Hassan Sheikh Mohamud anunciou "guerra total" contra o Al Shabab e, desde então, o exército travou intensas batalhas contra os terroristas, às vezes com a colaboração militar dos Estados Unidos.

Em resposta, o grupo lançou fortes ataques nos últimos meses, como dois atentados suicidas simultâneos em 04 de janeiro na cidade de Mahas, na região de Hiran, que fizeram 36 mortos e um ataque com dois carros-bomba contra o Ministério da Educação da Somália em Mogadíscio, que causou a morte de pelo menos 120 pessoas em 29 de outubro.

No seu discurso de Ano Novo, Mohamud afirmou que o seu país eliminará o grupo em 2023.

A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas e senhores da guerra.

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